Notícias da Pecuária com Sérgio Braga e Thiago Bernardino
Boi gordo vai subir mais?
Alta surpreendeu nos últimos dias, sendo sequenciais de R$290 a R$310, com várias regiões registrando preços firmes, dado a restrições de animais no campo, mercado doméstico comprador e as exportações, três grandes fatores que vem estimulando a forte alta dos últimos dias.
Tem fôlego para subir mais?
Boi gordo vem de uma alta enorme, de R$250 até R$310, tendo potencial para atingir ainda mais, dado a característica do animal e do mercado comprador, mas vai depender da demanda interna. A falta de boi no pasto e as exportações boas tendem a deixar os preços firmes e consequentemente chegando nesse patamar de negociação que a B3 vem mostrando.
Consumidor
O consumidor pode ser a balança nesse médio prazo da formação de preços. Sempre lembrando que a indústria vai tentar se organizar para não ter mais altas, fazendo compras antecipadas, alongando escalas, gado próprio, por outro lado temos pecuaristas com gado contratado que podem movimentar e formar esse preço. Demanda chinesa vai diminuindo sempre na chegada do final do ano, não irão deixar comprar mas o fluxo tende a cair.
Animais confinados
Pela falta de boi no mercado interno era estimado algo em torno de 7,4 milhões de animais confinados. A entrada de animais em confinamento no final de setembro pode resultar numa oferta maior de animais na virada do ano. Nesse curto prazo o pecuarista tem uma situação confortável, pois a oferta fica estreita e a demanda vem forte. A virada do ano pode trazer algumas surpresas para o mercado dependendo da demanda.
Décimo terceiro
A carne mais apreciada é a bovina, mas a mais barata é o frango, que sobe muito pouco, e o consumidor sente estas mudanças. O bolso do brasileiro vai trazer um impacto na dinâmica de formação de preços da carne bovina e do boi gordo.