Há uma divergência entre a percepção do mercado brasileiro e dos principais mercados internacionais, como os Estados Unidos e a Europa, sobre a produção de café. Enquanto no Brasil se trabalha com números entre 62 e 65 milhões de sacas, os mercados internacionais acreditam que a safra brasileira é maior. Com isso, eles adiam compras e usam seus estoques, aguardando a queda dos preços no Brasil.
Os exportadores brasileiros recebem ofertas dos mercados internacionais, mas os preços oferecidos são inferiores aos desejados pelos produtores. Com isso, o volume de negócios é pequeno, mesmo com a entrada da safra. Além disso, os estoques mundiais nunca foram tão baixos e os estoques brasileiros também devem ser menores.
Os estoques de café certificados pela bolsa americana também estão em queda e são compostos principalmente por cafés velhos, de três ou quatro safras atrás, que não atendem ao mercado consumidor americano e europeu. A expectativa é que os preços possam subir com a entrada da safra brasileira, mas ainda não compensa vender o café.
Veja a entrevista completa com Eduardo Carvalhaes na íntegra: