Paulo Moura comenta que no jornalismo, existe um termo chamado Ciclo da Notícia. Quando uma notícia bombástica surge, como foi o caso dessa que emergiu em toda a imprensa brasileira no domingo, ela normalmente é repercutida por um período de sete a dez dias até que perca força, a menos que algum fato novo apareça para revigorar o ciclo da notícia. Curiosamente, essa notícia está perdendo força antes do ciclo tradicional e, segundo a revista Oeste, apenas a revelação das imagens poderá revigorar o assunto. A polícia italiana alega que o material é solo, possivelmente do circuito interno do aeroporto.
Até agora, o que se viu foi pura especulação e o jornalismo brasileiro repetindo a narrativa do doutor Alexandre de Moraes sem escutar o outro lado. Os depoimentos dos acusados com o doutor Alexandre de Moraes na Polícia Federal foram feitos através de seu advogado. A expectativa agora é pela divulgação das imagens em vídeo. A última novidade é que o casal Montovani e seu genro tiveram seu carro revistado em operação de busca e apreensão na casa deles, onde foram apreendidos celulares e computadores. É difícil entender como isso contribui para esclarecer algo que aconteceu no aeroporto de Roma no domingo.
Informações circulam pela internet de que o motoboy seria petista, mas isso não procede. Ele foi candidato a prefeito pelo PL em 2004, quando o partido estava no auge do governo Lula. Há uma foto dele candidato a prefeito ao lado de Lula. Hoje ele é filiado ao PSD, partido do qual está sendo expulso em função desses acontecimentos. Aparentemente ele aderiu ao apoio ao presidente Bolsonaro nos últimos anos e seu filho é dono de um clube de tiro em Santa Catarina. No entanto, circula nas redes sociais uma teoria da conspiração de que ele seria um petista e que tudo teria sido tramado.
Fato é que não há notícias novas no ar e por isso o fato está perdendo força na imprensa até que, imagina-se, apareçam as imagens que vão esclarecer de fato o que aconteceu.
Veja o comentário completo de Paulo Moura no Análise da Tarde: