Na última semana, sete deputados de oposição foram forçados a desembarcar da CPI do MST. Este fato tem origem no acordo do ‘centrão’ com o governo para ingresso do Partido Progressista (PP) de Arthur Lira e do Republicanos no governo. Parte desse acordo ficaria em melar a CPI, razão pela qual sete deputados de oposição estariam sendo substituídos por sete deputados governistas.
Acontece que ninguém avisou os deputados previamente. Eles souberam pela imprensa e não fariam mais parte da CPI, criando um enorme mal-estar nos bastidores do Congresso Nacional. Para resolver este mal-estar, Arthur Lira e o deputado Lupion, líder da Frente Parlamentar da Agricultura, convocaram uma reunião para esta semana na tentativa de aparar arestas e acalmar os descontentes.
Vários deputados importantes da CPI foram convidados, incluindo presidentes da CPI e representantes do Rio Grande do Sul do Republicanos. No entanto, Ricardo Salles foi deixado de fora. Salles é o relator da CPI e tem se destacado fortemente no combate ao MST, ganhando espaços na mídia ao revelar as polêmicas do movimento dos sem-terra. Tem sido um suspiro de esperança da direita brasileira acompanhar o desempenho de Ricardo Salles nessa CPI.
Salles não deixou por menos e chamou Arthur Lira e Lupion para briga. Na frente de todo mundo, afirmou claramente que não faria nenhum acordo com o governo em torno do teor do seu relatório da CPI e que não tinha acordo coisa nenhuma. Bateram o pé e brigaram. Resultado: aparentemente Ricardo Salles ganhou a parada. O noticiário de hoje dá conta de que a CPI seria recomposta com os parlamentares que haviam sido destituídos.
A CPI deve ir até o dia catorze de setembro e Salles está acelerando a confecção do relatório para impedir que ele venha ser distorcido pelos governistas.
Veja o comentário completo de Paulo Moura no Análise da Tarde:
https://www.youtube.com/watch?v=aZlp1Tf_GAw