Sessão de CPI do MST é encerrada depois de bate-boca entre Ronaldo Caiado e petista
Deputado Paulo Negão (PT-AL) tentou interromper a fala do governador
A sessão da CPI do MST, desta quarta-feira, 31, foi encerrada depois de uma discussão entre o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), e o petista Paulão (AL). Na ocasião, Caiado estava respondendo a uma fala de Paulão, quando foi interrompido pelo deputado.
Paulão estava ressaltando uma declaração da deputada Sâmia Bomfim (Psol-SP) contra o governador goiano. A parlamentar disse que Alexandre Medlei, um dos doadores da campanha de Caiado, foi indiciado em 2000 na CPI do Narcotráfico depois de ser flagrado operando o refino de cocaína. O governador, contudo, disse que Alexandre nunca foi condenado.
“Julgamento inquisitivo é algo deprimente”, disse Caiado. “Dizer que esse empresário está envolvido com o narcotráfico, é deprimente. A discussão não pode ir para o CPF, não podemos ‘fulanizar’ o debate.” Segundo o governador, Alexandre já morreu.
Caiado pediu respeito ao petista. “Exijo apenas respeito. Nunca me dirigi ao senhor de maneira desairosa”, explicou.
Em seguida, Paulão tentou interromper o governador e ele disse: “Fique calado que estou falando agora. Não sou da sua laia. O senhor deputado não tem argumentos para discutir”, disse. “Você é um mentiroso. Você não tem moral para se dirigir a mim.”
Então, o presidente do colegiado, deputado Tenente-Coronel Zucco (Republicanos-RS), encerrou a sessão.
Militante é expulsa de sessão da CPI do MST; Líbia Bellusci interrompeu a sessão por duas vezes
A militante Líbia Bellusci — aliada da deputada federal Sâmia Bomfim (Psol-SP) –, foi expulsa da sessão da CPI do MST, nesta quarta-feira, 31.
Na ocasião, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil) — que estava sendo ouvido pelo colegiado –, falava que o MST sabe qual é o mês do “abril vermelho”, mas que desconhece o mês de “plantar milho”.
“Qual foi o mês que mataram 18 sem-terras”, perguntou Líbia. Então, o presidente do colegiado, deputado Tenente-Coronel Zucco (Republicanos-RS), pediu que os policiais legislativos retirassem a mulher do local. Os parlamentares governistas ficaram irritados com o ato de Zucco.
Horas antes, Líbia quase foi expulsa do Plenário. Ela havia gritado ofendendo Caiado. Zucco então solicitou aos policiais legislativos que retirassem a mulher do local.
Nesse momento, Sâmia e a deputada Talíria Petrone (Psol-RJ) se levantaram para proteger a aliada. Então, o presidente da CPI do MST recuou e permitiu que Líbia permanecesse na sessão.
ONG contra CPI do MST recebeu US$ 100 mil de George Soros e tem irmã de Boulos na captação de recursos
A Fundação Open Society informa que transferiu os recursos para a De Olho nos Ruralistas em 2021
A organização não governamental (ONG) De Olho nos Ruralistas, usada como fonte de informação por deputados contrários à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), recebeu US$ 100 mil da Fundação Open Society, liderada pelo bilionário George Soros. O magnata é conhecido por investir em projetos de esquerda.
A Open Society transferiu os recursos para a Associação Terra e Liberdade — razão social da ONG — em 2021. As informações constam no site da fundação.
Renata Boulos, irmã do deputado federal e líder do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST), Guilherme Boulos (Psol-SP), é responsável pela captação de recursos da ONG.
De Olho nos Ruralistas informa que é um observatório do agronegócio no Brasil. Em seu site oficial, diz avaliar os supostos impactos sociais e ambientais do setor mais importante da economia brasileira.
A reportagem procurou a ONG, que se limitou a dizer o seguinte: “Não conversamos com a Revista Oeste“.
A doação da Open Society chama a atenção. Em publicações antigas, a ONG qualifica Soros como “megaespeculador”. Seus articulistas criticam o suposto interesse do bilionário em terras brasileiras e denunciam os investimentos da Open Society na Fundação FHC, do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
De Olho nos Ruralistas na CPI do MST
Em sessão da CPI do MST, a deputada federal Sâmia Bomfim (Psol-SP) citou reportagens da ONG contra Ricardo Salles, ex-ministro do Meio Ambiente durante o governo Jair Bolsonaro. A De Olho nos Ruralistas repercutiu a declaração da parlamentar nas redes sociais.
A Open Society distribuiu US$ 32 milhões a 118 organizações brasileiras entre 2016 e 2019. É o que informou reportagem publicada pelo jornal Gazeta Povo, em julho de 2021. Entre as bandeiras da fundação estão a legalização das drogas e do aborto e a libertação de presos.
O leitor pode acompanhar a lista dos beneficiados ao clicar neste link.
Leia também: “Sem terra e sem lei”, reportagem de Artur Piva e Joice Maffezzolli publicada na Edição 156 da Revista Oeste
O governador foi convidado à CPI do MST para explicar quais medidas adota no Estado, a fim de impedir invasões de propriedade privada; A participação do governador foi requisitada pelo deputado Gustavo Gayer (PL-GO)
O colegiado da Comissão da Parlamentar de Inquérito sobre as invasões de terras privadas realiza nesta quarta-feira (31) a segunda Audiência Pública para ouvir convidados para esclarecer as práticas e as ações do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Na sessão da última terça-feira, o colegiado aprovou, em bloco, outros seis requerimentos, entre eles para ouvir o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, e o presidente do Incra, Geraldo Melo Filho, para prestar informações.
Nesta sessão deve ser ouvido apenas o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União). A participação do governador foi requisitada pelo deputado Gustavo Gayer (PL-GO).
A CPI do MST foi instalada no último dia 17 de maio, é presidida pelo Tenente Coronel Zucco (Rep-RS) e tem Ricardo Salles (PL-SP) como relator. O prazo de atividades da CPI é de 120 dias, prorrogável por mais 120, e tem como finalidade, também, investigar a depredação de patrimônio público e privado, identificar autoridades que estejam se omitindo diante de suas obrigações legais e apurar atos que possam ser classificados como crimes.
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