Nilson Leitão, do Pensar Agro, comenta sobre a homologação de um estudo feito pela presidente da FUNAI para a demarcação de uma área de 365 mil hectares no Araguaia, em Mato Grosso. Segundo ele, com a lei atual, que é “totalmente capenga e irresponsável”, após a homologação do estudo, o Ministério da Justiça dá um prazo de 30 dias para os proprietários atingidos tentarem se defender e depois o caso já vai para decreto presidencial para expropriar 201 propriedades rurais que produzem alimentos no Brasil.
Nilson Leitão compara a área de 365 mil hectares com o Distrito Federal, que tem pouco mais de 576 mil hectares e abriga quase 3 milhões de habitantes. A demarcação seria para atender 60 indígenas, que poderiam muito bem estar dentro do Parque Nacional do Xingu, que tem 2.642 mil hectares e atende 5.200 índios. No entanto, a FUNAI insiste em engessar o desenvolvimento de uma região tão importante para o Araguaia.
Esse é um tema que vai gerar revolta no setor e atuação da classe política. Não se pode aceitar o decreto de uma área como essa, desempregando, desalojando, expropriando e tomando na mão grande a propriedade de 201 proprietários rurais brasileiros que estão naquela área.