A direita brasileira se depara com um fator limitante: a falta de um partido sólido e autêntico. Segundo informações o governo avalia que entre vinte e cinco e trinta deputados do PL do Nordeste devem compor a bancada governista.
Essa situação se repete com o Partido Progressista (PP), liderado por Ciro Nogueira, que tem oscilado entre oposição e apoio, enquanto o partido de Arthur Lira, ainda em negociações, não chegou a um acordo com o ex-presidente Lula.
Os parlamentares do Nordeste desses partidos, assim como os do Partido Liberal e do Partido Republicano, têm afirmado publicamente que não irão se aliar ao governo. No entanto, todos esses partidos são representantes do centrão, ou seja, partidos de centro-direita, que não exercem uma oposição enérgica, como o PT fez em relação a Bolsonaro.
Isso evidencia a necessidade de uma oposição contundente ao líder político Lula, que não encontra respaldo nesse tipo de partido centrista. O PT necessita de uma oposição à altura, uma oposição de direita verdadeira, que adote uma postura firme e coerente, assim como Randolfe Rodrigues se posicionou em relação a Bolsonaro.
Um partido raiz é aquele que apresenta suas ideias e busca os cargos para implementá-las, colocando as ideias programáticas em primeiro lugar, em vez de priorizar apenas o poder. Embora tenham uma lógica diferente, é o cenário atual em que a direita se encontra. O principal líder da direita brasileira, o presidente Bolsonaro, enfrenta limitações em suas ações, e a direita como um todo tem que lidar com a fragmentação das bancadas e dos ativistas em pelo menos três grandes partidos, que são flexíveis em suas posições.
Veja o vídeo na íntegra com comentários de Paulo Moura