(Investing) – Hoje, o dia será de menor liquidez devido ao feriado da independência nos EUA.
Agora o que está “causando” no mercado de câmbio é o diferencial de juros. O Banco Central caminha para iniciar seu processo de cortes da Selic, enquanto o Federal Reserve tende a elevar o custo dos empréstimos. Com isso, a diferença entre os juros daqui e dos EUA irá diminuir. Esse movimento dá força ao dólar.
Ontem, o mercado fechou com o dólar à vista cotado a R$ 4,8067 na venda. As expectativas são de que, em sua reunião de agosto, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC dará a largada no processo de redução da taxa básica Selic com um corte de 0,50 ponto percentual. Atualmente, a Selic está em 13,75% ao ano. Isso não é nenhuma novidade, até sexta-feira o mercado estava lendo que o diferencial pró-Brasil ainda era bastante atrativo para o capital estrangeiro. Após o boletim Focus, com projeções de queda da inflação, a leitura mudou um pouco. Ainda assim, o Brasil segue num bom momento.
O foco no Brasil estará voltado para a agenda política, com a Câmara dos Deputados em esforço concentrado para votar o novo arcabouço fiscal (que retornou à Câmara após passar por mudanças no Senado), as mudanças no Carf e a reforma tributária. Tanto o arcabouço quanto as mudanças no Carf são considerados fundamentais para, respectivamente, dar previsibilidade à trajetória fiscal e ampliar a arrecadação neste e nos próximos anos. E, assim, cumprir as metas de resultado primário. No caso da reforma tributária, uma solução para o embate fiscal entre
Estados e a gestão centralizada do novo tributo que vai unificar o ICMS e o ISS são dois dos principais pontos de impasse para a votação nesta semana da proposta.
E no calendário econômico para hoje teremos no Brasil o IPC da FIPE de junho e a produção industrial de maio.