A produção industrial e as vendas no varejo da China tiveram um aumento mais rápido em agosto, mas o declínio nos investimentos no setor imobiliário representa uma ameaça para as medidas de apoio que estão mostrando sinais de estabilização na economia.
As autoridades chinesas enfrentam um desafio significativo na tentativa de impulsionar o crescimento, uma vez que o setor imobiliário continua fraco, a moeda está instável e a demanda global por produtos manufaturados está em baixa, após um breve impulso pós-Covid.
A produção industrial aumentou 4,5% em agosto em relação ao ano anterior, superando as expectativas e marcando o ritmo mais rápido desde abril. As vendas no varejo também cresceram a um ritmo mais rápido de 4,6% em agosto, impulsionadas pela temporada de viagens de verão, e foi o crescimento mais rápido desde maio.
Esses dados sugerem que as medidas recentes para fortalecer a economia estão começando a funcionar, levando alguns bancos, como o JP Morgan e o ANZ, a aumentar suas previsões de crescimento do Produto Interno Bruto da China em 2023.
No entanto, analistas alertam que uma recuperação duradoura está longe de ser garantida, principalmente devido à baixa confiança no setor imobiliário, que continua a exercer pressão sobre o crescimento econômico.
Além disso, os dados positivos desta sexta-feira são acompanhados por preocupações sobre o alto índice de desemprego entre os jovens, incertezas em relação ao consumo das famílias e crescentes tensões comerciais, tecnológicas e geopolíticas entre a China e os EUA. Portanto, muitos acreditam que serão necessárias mais medidas de políticas fiscal e monetária para garantir uma recuperação econômica sustentável no futuro próximo.
Fonte: Reuters