Esse título seria muito estranho na maioria dos países do mundo democrático, mas no Brasil tem sido absolutamente normal.
Apesar de normal no Brasil, é difícil explicar para o mundo essa convicção do poder judiciário de participar do executivo e do legislativo com destaque e protagonismo em tudo.
Como explicar para o mundo que ministros da suprema corte brasileira, fazem lobby no congresso nacional para defender determinado assunto que não lhes compete?
Como explicar para o mundo que ministros da suprema corte fazem palestras no exterior tratando de assuntos do executivo e do legislativo?
Como explicar para o mundo, que integrantes da suprema corte discursam em assembleias estudantis como se adolescentes fossem?
Como explicar para o mundo, que não raro, a suprema corte volta atrás, mudando decisão anterior, criando duas jurisprudências sobre mesmo assunto, dependendo das circunstancias e da ocasião?
E como explicar para o mundo que integrantes da suprema corte defendem a censura prévia, contrariando preceito constitucional?
Como explicar para o mundo que a suprema corte, teoricamente, deveria ser a guardiã da constituição, se ela mesma não a respeita?
E para piorar, recentemente, integrantes da suprema corte se reuniram com o chefe do executivo e alguns auxiliares, pedindo ajuda para defender a “democracia e blindar” a mais alta corte de justiça do país de “ataques e críticas injustas”.
E como justificar essa simbiose nada saudável entre a mais alta corte do país, e o executivo federal?
Como explicar para o mundo, essa troca de favores declarada entre os poderes executivo e o judiciário que ocorre no Brasil?
O que está acontecendo no Brasil não tem explicação, e o mundo está percebendo isso.
Uma correção de rumos se faz necessária para o Brasil manter um pingo de dignidade.
É nisso que acreditamos, e é isso que todos nós brasileiros queremos.
T&D
Uma resposta
Tenhamos fé na continuidade da reação da maioria hoje visível. Temos de acreditar que as imposições antidemocráticas dos membros do STF continuarão a serem combatidas. Seus membros são passageiros, a nação permanece.
Nossas instituições são independentes, temos apoio de todos países democrático e um povo com uma cultura democrática que sabe muito se posicionar contra a anarquia hoje estabelecida.