Segundo a Conference Board (consultoria internacional), a produtividade do trabalhador brasileiro é de aproximadamente 25% da produtividade do trabalhador americano.
Vários fatores ajudam neste vergonhoso índice, entre eles a baixa escolaridade, infra-estrutura inadequada, baixo uso de tecnologia, camadas sem fim de burocracia, e a insensatez das leis trabalhistas que encarecem as contratações de maneira punitiva.
Apenas como exemplo, se um fiscal do trabalho visitar qualquer empresa no país, ele terá pelo menos meia dúzia de motivos para autuar o empregador, tamanha é normatização burocrática que rege as relações trabalhistas.
Um verdadeiro escárnio, e caminha a passos largos para ficar ainda pior, haja vista que mais de 25% da população vive hoje do assistencialismo estatal, sem carteira assinada e longe dos bancos escolares, fato que piora ainda mais os índices de produtividade. Consequentemente, a renda per capita também despenca.
Segundo o Instituto Trata Brasil, aproximadamente 100 milhões habitantes não têm coleta de esgoto, e entre 35 e 40 milhões não tem água encanada em casa, fato vergonhoso que aumenta a pressão na saúde pública e contribui para piorar ainda mais os índices de produtividade e escolaridade, pois doentes não frequentam escola e não vão trabalhar.
É vergonhoso, humilhante!
A burocracia estatal é um verdadeiro inferno para qualquer empreendimento, o cipoal jurídico é um verdadeiro manicômio que impede o empreendedorismo e desanima qualquer um que queira arriscar capital e gerar empregos e renda para fomentar a economia do país.
O Brasil foi doutrinado a viver sob a proteção estatal, onde partidos de matriz ideológica à esquerda foram impondo a cartilha do atraso, fiscalizadora ao extremo e que doutrinou o país a viver sob proteção do estado, que não gera receita e gasta exageradamente, como se não houvesse amanhã.
Ainda é muito comum empresas pedirem proteção do governo contra produtos importados, alegando concorrência “desleal” e coisas parecidas com a única finalidade de criar uma reserva de mercado, livres de concorrência, e com isso vão ficando atrasadas sem inovações com produtos ruins e caros.
É muito comum na imprensa, matérias longas onde se exige que gastos sejam feitos para “cumprir a constituição”, mas nunca se fala e nem se pede satisfações sobre a eficiência destes recursos, geralmente mal alocados, gerando distorções econômicas danosas para o país.
As próprias empresas de comunicação não sobreviveriam sem verbas estatais, por isso apoiam governos estatizantes e centralizadores de esquerda, contribuindo para a situação humilhante dos índices de desenvolvimento do país.
E para piorar a situação já muito ruim, estamos a caminho da insolvência, com uma dívida pública fora de controle e um governo incapaz de mudar o curso do desastre.
A receita do governo é velha, nunca deu certo, mas está sendo repetida, e os resultados ruins já começam a assombrar o país. Estamos endividados e com inflação em alta, e a inflação impede o crescimento real de salários, reduz os preços dos ativos em poder da sociedade, empobrecendo ainda mais um país pobre como o nosso Brasil.
E para piorar ainda mais a situação, não temos segurança jurídica em nenhuma área do direito, fato que expulsa o capital que tanto necessitamos para alavancar a economia e o desenvolvimento do país.
Não temos absolutamente nada no horizonte que pelo menos nos dê uma sensação de conforto e alívio. O que temos, baseado em fatos, é que o amanhã será muito pior que o hoje, haja vista que, mesmo com dados tão ruins, há quem concorde com tudo isso.
O retrato do Brasil atual é deprimente e está piorando.
Infelizmente.
T&D