A capacidade de raciocínio de certas figuras políticas brasileiras é realmente uma lástima.
Para tergiversar e fugir do assunto do endividamento público fora de controle, colocam em discussão uma proposta de redução da jornada de trabalho, ou coisa ainda pior, que o Vice Presidente disse ser uma tendência mundial, apresentada como panacéia para resolver todos os problemas humanos e de desemprego que assolam a país.
E realmente incrível que tenha figuras públicas achando que redução de jornada trará benefícios para o “proletariado”, como eles ainda gostam de chamar a mão de obra que, supostamente, é escravizada pela “burguesia opressora”.
A redução da jornada obrigará contratações extras para produzir a mesma coisa, então, os custos vão aumentar e produtividade vai despencar. Teremos, em conseqüência, uma produtividade próxima a do Haiti, ou de Cuba, um avanço e tanto, que vai provocar a inveja no resto do mundo.
Com mais gente trabalhando para produzir a mesma quantidade, sem aumento da massa salarial, a renda per capita vai despencar, pois teremos mais pessoas ocupadas, recebendo a mesma massa salarial, isso é a lógica da lógica à 10a potência.
É uma lógica que parece desconhecida para a esquerda no poder.
E apenas para lembrar a incrível inteligência destas figuras, com maiores custos e menor renda per capita haverá redução no consumo, queda de arrecadação, e etc.
A obrigação de contratar mais mão de obra, com salários mais baixos, e custos de produção mais altos; menor produtividade e renda per capita mais baixa, é uma receita para o desastre óbvia.
O argumento de quem defende a proposta é tornar a ocupação mais humana para o trabalhador, dando a ele mais horas de lazer com a família. Se é este o objetivo, basta o estado pagar para o proletariado ficar em casa, como já estão fazendo no norte e no nordeste com o assistencialismo estatal sem carteira assinada.
É realmente estarrecedor ver como pensam estas figuras da esquerda, e não só no Brasil, no mundo.
Aqui no Brasil, ao contrário, precisamos urgentemente melhorar a produtividade, que é o único meio de incrementar ganhos reais de salários. Portanto, é desesperador ver este tipo de proposta ser posta em discussão no parlamento.
Tergiversar para esconder a incompetência para tratar do assunto rombo/pedaladas fiscais, até faz parte do jogo político, mas trazer este tipo de proposta de redução de jornada, beira às raias da loucura.
Não há competência nem para desviar assuntos.
T&D