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EDITORIAL – Estopim aceso

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No primeiro semeste de 2024 a arrecadação de impostos teve alta de 9%, e fechou em R$ 1,3 trilhão. Já no segundo semestre, projeções indicam que teremos alta ainda maior, podendo chegar ao total de R$ 3 trilhões/ano.
É muito dinheiro.
E esta alta tem se dado por meio de aumento de impostos e não do crescimento da atividade econômica, que seria o correto, o esperado e o desejado, mas infelizmente não é.
Mesmo com alta de arrecadação acima da inflação, o governo está gastando acima, muito acima da capacidade arrecadatória, e as contas públicas estão no vermelho, perigosamente no vermelho.
Aliás, o país está no vermelho, literalmente, e os resultados estão sendo catastróficos.
A política fiscal é desastrosa e temerária.
Mesmo arrecadando mais, está faltando dinheiro para o governo honrar compromissos. A saída, como sempre fez a esquerda, é aumentar impostos e se endividar, e ainda assim não está conseguindo pagar as contas. O rombo é grande e a desconfiança do mercado já está dando sinais de que não vai mais emprestar sem cobrar os riscos, e o resultado são juros mais altos e inflação causada pela oferta monetária.
Agora o governo está tentando trocar a fechadura, depois de arrombada a porta, com uma “reforma tributária” centralizadora, que trará mais aumentos de impostos, que certamente vai estrangular ainda mais a economia já combatida do Brasil petista.
Para tentar amenizar a desconfiança, o governo está apresentado um suposto, é isso mesmo, suposto corte de gastos de R$ 70 bilhões em 2 anos, número que representa menos de 0,30% da arrecadação anual.
Repetindo, o corte de gastos apresentado para 2 anos representa menos de 0,30% da arrecadação de 1 ano. Trocando em miúdos, o corte não significa nada, ou melhor, significa que o governo não vai reduzir os gastos coisíssima nenhuma, e o mercado – o capital – como sabe disso, vai exigir maiores lucros por maiores riscos.
E com razão.
E com razão também, é a desconfiança total com o governo, que além de apresentar propostas insuficientes para o controle das despesas, não apresenta absolutamente nada em questões estruturais que poderiam aliviar os gastos futuros, tornando a desconfiança ainda maior. A prova disso, é que já circula no mercado juros de provavelmente 17% em 2025.
E é bastante plausível.
E para resumir a situação, ou melhor o desespero do Brasil, o governo quer continuar gastando, por isso está aumentando impostos com uma reforma tributária até agora muito confusa, aprovada no congresso na base do toma lá da cá, que eleva a desconfiança a níveis estratosféricos e pelo andar da carruagem, vai piorar ainda mais o que já está muito ruim.
Os perigos de um governo irresponsável como este atual, podem e estão levando o país a uma situação dificilíma, cujas possibilidades de salvação, hoje, parecem remotas.
O governo não consegue entender coisas básicas, como a diferença de questões conjunturais e estruturais, e quer fazer tudo ao mesmo tempo, e o que é pior, gastando além da capacidade de pagamento, endividando o país, comprometendo gerações futuras, provocando a estagnação econômica e social cantadas em prosa e versos desde sempre. Estamos fadados ao fracasso, como dizia Roberto Campos:
Não se precupem, o Brasil não tem a menor chance de dar certo
Infelizmente.

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