Não há meios de expressar os sentimentos pelo que está acontecendo no estado do Rio Grande do Sul.
Por mais que tente ser forte, as imagens entristecem profundamente, e as emoções afloram sem controle.
Mas ainda assim, mesmo com tanto sofrimento, as preocupações parecem ser com as famigeradas “fake news”.
É impressionante os rumos que tomaram uma boa parte da sociedade brasileira, que em momentos de grande sofrimento como este, as preocupações não são com as pessoas, mas com o controle das informações divulgadas.
As intenções de controlar as informações, continuam firmes na cabeça dos ocupantes de plantão no poder.
Em recente e raríssima aparição, a ministra do planejamento deu uma declaração surpreendente, dizendo “que não mandou ajuda financeira para o RS, porque ninguém pediu”.
É estarrecedor que um ministro de estado não consiga ver uma necessidade dessa envergadura, e solte uma declaração com tamanha falta de empatia.
E teve também o importantíssimo salvamento de um cavalo que se refugiou no telhado de uma casa totalmente submersa, que virou a notícia mais importante do momento, enquanto a população, os vizinhos, amigos, parentes, enfim, os civis se lançavam ao resgate de seres humanos, longe das manchetes sensacionalistas, que procuram dar crédito ao governo, por algo que não estão fazendo.
Na parábola do bom samaritano, o sacerdote e o levita, que gozavam de maior prestígio, passaram ao largo vendo a vítima estirada, e nada fizeram, enquanto o samaritano, o ajudou prontamente, e os samaritanos não eram bem vistos, eram até hostilizados naquela época.
Os que eram tidos e havidos em altíssima conta, nada fizeram, e o que era desprezado, estendeu as mãos em socorro à vítima.
Neste triste episódio que está acontecendo com nossos irmãos gaúchos, o que se vê são figuras de proa da sociedade preocupados com suas próprias imagens, e com supostas “notícias falsas” que podem aparecer.
Uma tragédia humanitária de grande envergadura, está servindo para, entre outras coisas, combater as “fake news”, ou, instituir a censura, que parece ser muito importante para governo atual.
Mais importante que a reconstrução do estado devastado.
As prioridades são estranhas.
T&D