Em 2012, a FAO (braço alimentar da ONU) estimou que seria necessário um aumento de mais de 70% na produção de alimentos até 2050, para atender uma população entre 9 e 10 bilhões de pessoas.
Em aritmética simples, a produção de alimentos teria que aumentar aproximadamente 2 pontos percentuais/ano.
Algo bastante difícil e até improvável, dadas as restrições e exigências descabidas das questões do ambientalismo apocalíptico do fim do mundo, que não se preocupa com a insegurança alimentar que, segundo a ONU/FAO, atinge aproximadamente 2,5 bilhões de pessoas no mundo.
Isso sim é alarmante.
Portanto, falar em reduzir áreas plantadas sob pretexto de proteger o planeta chega a ser criminoso.
Jamais existirá redução no consumo de alimentos com a existência de 2,5 bilhões de pessoas em situação de insegurança alimentar.
O que reduz o consumo são os preços altos, principalmente em paises de renda per capita baixa. A única saída, portanto, é aumentar a oferta de alimentos, tornando os preços mais acessíveis para a população mais pobre, para que tenham acesso a cesta de alimentos, que possa atender melhor as necessidades de energia e proteínas.
A segurança alimentar é vital para manter a paz interna dos países em momentos de crise financeira, ou geopolíticas, como as que estamos vivendo hoje, em que os esforços humanos pela subsistência é o que realmente importa.
Não existe queda no consumo de alimentos, o que existe são momentos de safra que pressionam os preços para baixo, de entressafras que pressionam para cima e de especulações do mercado financeiro que se aproveita de tudo para obter lucros.
É do jogo.
Mas a demanda por alimentos jamais cairá, conforme observou muito bem a ONU/FAO, e todos os governos sabem disso.
Desde tempos imemoriais e bíblicos, a segurança alimentar é vital.
Recente, o CEO do JP Morgan, afirmou que a terceira guerra mundial já começou, e parece haver razões de sobra para levar esta afirmação a sério.
Em períodos de guerras, ou quaisquer outras crises, a história está repleta de exemplos de que a segurança alimentar é fundamental.
O Brasil tem tudo para aproveitar esta vantagem competitiva gigantesca. Mas, ao invés disso, está entrando em uma crise financeira e fiscal gratuitamente, e que poderia ser evitada se tivéssemos um governo com uma visão de mundo mais objetiva e pragmática e menos ideológica e atrasada.
Infelizmente o Brasil continua parado no tempo, perdendo o bonde do desenvolvimento.
(T&D).