O rombo nas contas públicas de fevereiro foi de 58 bilhões.
O maior déficit para o mês desde 1997.
É isso mesmo, há 27 anos o mês de fevereiro não apresentava um rombo nas contas públicas tão alto como foi o mês passado.
Se considerarmos que 2023 fechou com um déficit de 249 bilhões, mais os 58 bilhões do mês passado, temos, até o momento, um rombo de 307 bilhões nas contas públicas em 14 meses de governo.
Trocando em miúdos, e em aritmética simples, são aproximadamente 22 bilhões por mês de déficit nas contas públicas; se multiplicarmos por 48 meses, que é o tempo de mandato do governo atual, em 31 de dezembro de 2026, o Brasil estará com um déficit acima de 1 Trilhão de reais, com T maiúsculo.
Isso em aritmética simples…, mas a julgar pela gastança desenfreada, esse número deverá passar da casa do Trilhão bem antes do final do mandato atual.
Há quem diga que o déficit chegará ao Trilhão em meados de 2026, ou até antes, o que não é de se duvidar, se levarmos em consideração que 2022 fechou com saldo positivo de 54 bilhões.
Consequentemente, o país precisará de financiamento cada vez maior para a rolagem dessa dívida monstruosa, e com isso será obrigado a remunerar melhor o credor, que exigirá mais juros por maior risco, e a taxa selic terá de ser aumentada.
O capital financeiro pune quem não tem controle sobre suas próprias contas. Afinal, risco tem preço.
Colocar o país em risco contábil é condenar a sociedade a pagar por uma dívida que não contraiu. Os menos favorecidos sempre serão os mais prejudicados com essa irresponsabilidade fiscal, que terá como resultado o desemprego, a pobreza e a miséria.
Pagando juros altos pela rolagem da dívida pública não há como atrair investimentos produtivos, e o Brasil poderá mais uma vez ficar parado no tempo, amargando baixa produtividade, na rabeira do desenvolvimento.
Quando não há um projeto, um programa de governo minimamente razoável de responsabilidade fiscal, os resultados sempre serão desastrosos.
E a conta, como sempre, sobrará para toda a sociedade.
Não é uma questão ideológica, são os fatos.
Não é esse o modelo de gestão que o Brasil merece.
Não é isso que queremos para o nosso país.
T&D
(Fonte: Banco Central)