Dias atrás, surgiram na imprensa artigos e editoriais sobre a estranha e desnecessária importação de arroz, que será vendido a preços subsidiados no mercado, causando obviamente, mais gastos públicos também desnecessários e imprudentes do ponto de vista fiscal.
E como se isso não bastasse, surgem
agora dúvidas sobre as empresas participantes do leilão de compra do cereal, e tudo está parecendo com a compra dos respiradores na época da pandemia, onde empresas completamente alheias ao negócio, curiosamente eram agraciadas e vencedoras.
E mais curioso ainda, foram os argumentos da CONAB, que disse ter cadastrado tais empresas em 2023, com a finalidade de “ter estoques públicos, e garantias de preços futuros”, afirmou Thiago Santos, diretor de operações e abastecimento da CONAB.
Estes argumentos significam que desde o ano passado, portanto, muito antes da tragédia gaúcha, já havia sido planejado que por meio CONAB, o governo interviria no mercado de qualquer forma em qualquer outro cereal, e a tragédia no RS, foi só a justificativa para implantar de fato, mais está ideia intervencionista, que segundo o próprio diretor de operações e abastecimento, começou em 2023 com o cadastramento de empresas para “garantir o abastecimento e preços futuros”.
A lógica nos obriga a raciocinar e perguntar, quais serão os preços futuros que terão a garantia do governo, com esta ideia que começou em 2023, muito antes da tragédia gaúcha?
Os argumentos usados pelos representantes da CONAB, sobre abastecimento e garantias de “preços futuros”, também nos obriga, pela lógica, esperar que teremos mais intervenções no mercado, e isso é preocupante, é alarmante, é mais um atraso que terá consequências aterrorizantes para a economia, as contas públicas, e para o consumidor.
Não custa lembrar, que o Presidente da República já demonstrou imenso desejo de interferir em outras empresas estatais, e os Correios por exemplo, já amargam prejuízo quase bilionário, mas mesmo assim, o intervencionismo começou de fato, com essa desnecessária importação de arroz, um negócio estranho, com empresas também estranhas.
O modus operandi é conhecido, e as figuras participantes mais conhecidas ainda, e os valores envolvidos parecem bem interessantes, e quem paga tudo isso é a população, somos todos nós que pagamos para uns poucos serem beneficiados com as tais garantias de abastecimento e preços futuros.
T&D