Em 2001, primeiro ano do século 21, o Brasil produziu 95 milhões de toneladas de grãos em uma área cultivada de aproximadamente 40 milhões de hectares.
Agora, em 2024, foram colhidos 322 milhões de toneladas de grãos para uma área de aproximadamente 80 milhões de hectares.
Portanto, conta é bem simples: em 24 anos o agro brasileiro dobrou a área plantada e a produção aumentou quase 3 vezes e meia.
Os ganhos de produtividade são de assustar qualquer concorrente.
E assusta, assusta muito…, na verdade aterroriza a concorrência, que morre de medo do agro brasileiro.
Há alguns estudos, de fontes confiáveis, estimando que, em 10 anos, a área plantada deverá crescer 15%, passando para 92 milhões de hectares.
Este crescimento deverá dar-se por meio de novas tecnologias de manejo e recuperação de solos degradados, portanto, com zero desmatamento, cujos custos são bem mais altos.
Quanto à produtividade, estima-se um incremento de 25%, saindo do atuais 4.000 kgs, para algo próximo de 5.000 kgs por hectare, o que é bem possível dada a capacidade técnica do produtor, das tecnologias de ponta envolvidas no campo. Isso com as bênçãos da natureza privilegiada, que nos deu terras agricultáveis com boa topografia para mecanização, água em abundância e luminosidade o ano inteiro, um conjunto de bênçãos que nos proporciona 2 safras e meia por ano.
A concorrência tem toda razão de ficar apavorada.
Mas, infelizmente, o Brasil tem problemas que podem impedir os ganhos, mesmo com tanta eficiência da porteira para dentro.
E este problema chama-se infraestrutura.
Para usufruirmos de todos os ganhos de produtividade do agro, precisaríamos começar a investir pesadamente em logística para escoar a produção crescente do campo. Só que começar imediatamente não está nos planos do governo atual.
Investimentos em diferentes modais de transportes são urgentes, hidrovias, ferrovias e uma melhor e mais eficiente malha rodoviária são fundamentais, bem como aumento nas capacidades de embarques dos portos. Esse é um dos nós-górdios, portos com capacidade muito baixa para suportar, inclusive a próxima safra, que o IBGE estima aumento de 5,8%, e os compradores exigem prêmios altíssimos por causa desta deficiência de infraestrutura do Brasil.
Vamos imaginar que em 5 anos tenhamos 10 projetos de infraestrutura logística em andamento no país. Seria possível imaginar o quanto a economia poderia crescer só com a execução desses projetos?
Imaginemos então, uma melhora de apenas 30% na logística, quanto de divisas atrairia para o país?, e quanto isso poderia representar de crescimento do PIB?, e quanto melhoraria o desenvolvimento econômico e social do país, com geração de empregos e renda?
Mas tem a inércia estatal e a insegurança jurídica que só atrapalham e prejudicam o país.
Não é possível que ninguém tenha um mínimo de capacidade de raciocínio para não perceber isso, e apoiar governos irresponsáveis, que a continuar neste ritmo, levará o país para insolvência.
Os ganhos de produtividade do agronegócio brasileiro estão na ponta, enquanto o setor manufatureiro amarga péssimas posições no mundo.
O agronegócio é um exemplo a ser seguido, mas no governo atual é perseguido.
O agro brasileiro deveria ser tomado como modelo econômico no Brasil, mas o que acontece é justamente o oposto, ao invés de incentivado, é taxado de criminoso.
Governos que usam modelos fracassados como o atual, querem o fracasso de tudo que dá certo, querem controlar tudo, até o que cidadão deve pensar estão querendo controlar (??!!)
O modelo estatizante já afundou países inteiros e a história está repleta de exemplos, mas aqui no Brasil, a ignorância é tamanha, que ainda há quem acredite.
É impressionante!
(Fonte: dados são oficiais e públicos).
T&D.