O combate à desinformação, inquérito das fake news, das milícias digitais e outras ações carregadas de boas intenções, tem outra finalidade, que é o controle da informação.
A situação é tão estranha, que há acordos entre países, com muita pompa e circunstância para o tal combate à desinformação, com assinaturas de representantes de alto escalão, e até de chefes de estado.
Esses paladinos da verdade, supostamente, é claro, se dizem preocupados com a disseminação de fake news.
Eles dão a entender que as maledicências, as fofocas, e as notícias falsas, só apareceram depois da internet e das redes sociais.
Um raciocínio tão simplório, que chega a ser infantil, se as verdadeiras intenções não fossem outras bem mais perigosas.
Eles querem ter o controle das informações, querem criar um ministério da censura, o ministro eles já têm.
Não foi a internet, e nem as redes sociais as responsáveis pelas famigeradas fake news.
Essa informação é falsa, é fake news.
A internet e as redes sociais ampliaram o alcance das notícias, tirando dos poderosos grupos de comunicação o controle da informação, e hoje, ainda bem, todos podem acessar em tempo real notícias do mundo em um piscar de olhos, e controlar a veiculação das informações ficou bem mais difícil e complicado para os grandes veículos de imprensa, que obviamente, recebem muita verba pública para defender governos duvidosos.
Apenas um exemplo de como já existiam fake news antes da internet e das redes sociais, só que nada acontecia aos responsáveis pelas veiculações duvidosas.
Em 1994, houve o caso da Escolinha de Base, cujos proprietários foram acusados de pedofilia e outros crimes hediondos, e a imprensa, que ainda não tinha os “checadores da verdade”, com matérias desprovidas de senso jornalístico e humano, destruiu a vida dos proprietários da escola, que eram inocentes.
Sim, os acusados eram e continuam inocentes, mas tiveram as vidas destruídas por matérias tendenciosas e carregadas de um sensacionalismo desumano.
Sim, desumano é o termo.
Em meados dos anos 1990, a internet no Brasil ainda era incipiente, o escândalo da escolinha de base foi saindo do noticiário controlado pela imprensa que hoje se autodenomina profissional, e apoia o combate às fake news.
O combate as fake news, é fake, o que eles querem de verdade, e o monopólio e o controle das informações.
Um ministério para o ministro da censura, que já está censurando há muito, e a muitos.
T&D