A entrega de munições de “urânio empobrecido” pelos Estados Unidos à Ucrânia está aumentando a tensão no conflito em curso no Leste Europeu em relação à Rússia.
O Secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, anunciou o novo pacote de ajuda militar durante sua visita a Kiev na última quarta-feira (6).
Essas munições são moderadamente radioativas, pois são feitas de um tipo de metal denso que é um subproduto da produção de combustível para usinas nucleares. Elas são projetadas para serem disparadas a partir dos tanques Abrams fabricados nos EUA, que devem chegar à Ucrânia entre setembro e novembro.
O Departamento de Defesa dos Estados Unidos rejeitou as afirmações da Rússia de que esses projéteis causam um aumento nos casos de câncer e outras doenças.
Sabrina Singh, vice-secretária de imprensa do Pentágono, explicou: “O CDC [Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA] afirmou que não há evidências de que as munições de urânio empobrecido causem câncer. A Organização Mundial da Saúde [OMS] também informou que não houve aumento de leucemia ou outros tipos de câncer estabelecidos após qualquer exposição ao urânio ou às munições.”
Ela continuou: “Até mesmo a AIEA [Agência Internacional de Energia Atômica] afirmou claramente que não há ligação comprovada entre a exposição às munições e o aumento do câncer ou impactos significativos na saúde ou no ambiente.”
Além disso, de acordo com o Pentágono, militares de todo o mundo utilizam munições de urânio empobrecido em seus tanques, e eles acreditam que esse tipo de munição seja o mais eficaz para combater os tanques russos. Eles também expressaram confiança de que os ucranianos usarão essas munições de forma responsável enquanto lutam para recuperar seu território soberano.
Sabrina Singh afirmou: “Essas munições são de uso padrão nos tanques que não apenas os EUA usam, mas que forneceremos aos ucranianos. Temos absoluta confiança de que os ucranianos as utilizarão de forma responsável enquanto lutam para recuperar seu território soberano.”
Fonte: CNN Brasil