General Francisco Montenegro Junior afirma que isso impediu a implementação de medidas preventivas de segurança
(O Globo, T&D) – O Exército informou à CPI dos atos golpistas que as tropas que trabalharam para conter os ataques ao Palácio do Planalto não foram acionadas pelo GSI, como estabelece o Plano de Operações Escudo do Planalto. Isso impediu a implementação de medidas preventivas de segurança.
A informação foi enviada em um ofício à CPI mista dos atos golpistas em resposta a um pedido do senador Sérgio Moro.
No documento, o general Francisco Montenegro Junior afirma que o Comando Militar do Planalto foi solicitado a enviar um Pelotão de Choque, com trinta militares, às 11h54 daquele domingo. Ele também afirma que as ordens de deslocamento foram dadas verbalmente aos comandantes das organizações militares.
O general listou no ofício o efetivo empregado para conter os ataques.
Cerca de 350 militares trabalharam ao longo do dia, sendo que 198 chegaram ao Palácio às 12h30, cerca de meia hora após serem acionados.
Somente às 16h50, no auge da depredação dos prédios públicos, mais 85 militares da Base de Administração e Apoio do Comando Militar do Planalto foram deslocados.
Às 17h50, mais 40 militares do 1º Regimento de Cavalaria de Guardas trabalharam para conter os manifestantes e desocupar a área do Palácio.
O documento também lista os comandantes das organizações militares que enviaram efetivos ao Palácio do Planalto: coronel Paulo Jorge da Hora (BGP), tenente-coronel Moacir Lima (Base) e coronel Guilherme Ebre (RCG).
