A presidente do PT e deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR) teve uma postura considerada intimidatória com a convidada Nelcilene Reis e parlamentares durante a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga invasões ilegais promovidas pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
Nelcilene participou do MST nos anos de 2016 a 2019 e afirmou que saiu do grupo porque não aceitava a maneira que era tratada. Ela afirmou que o grupo agia como uma ‘espécie de ditadura’ e se os participantes não fizessem o que era mandado pelos líderes eles “derrubavam os barracos” e tiravam as pessoas de dentro.
“[…] Estavam reunidos para derrubar meu barraco, que eu tinha quer sair porque eu tinha desrespeitado a bandeira do MST “, afirmou a mulher que foi ameaçada na época por ouvir música.
Os parlamentares que integram a CPI fizeram inúmeras perguntas para a convidada que afirmou também que era escravizada pelo movimento e que trabalhava sem receber.
No meio da sessão, Hoffmann declarou que Nelcilene apresentou supostos crimes praticados pelo MST e se ela não for responsabilizada pelas falas, a comissão vai ser nula. A petista afirmou também que os parlamentares vão ter que transformar a convidada em testemunha e ela terá que responder pelas acusações feitas, assim como os deputados.
Após a fala da petista, parlamentares presentes na sessão gritaram palavras como “intimidação”, “tá intimidando a convidada”, “tá querendo intimidar”.
Nelcilene rebateu Hoffmann e declarou que relatou apenas “o que ela viveu”.