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Lira exalta reforma e dá indireta a Bolsonaro: ‘Vitoriosos estão no poder’

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(UOL) – Durante a discussão da reforma tributária, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), quebrou o protocolo e usou a tribuna para defender a proposta. Na semana de esforço concentrado, Lira foi um dos articuladores para que a votação acontecesse.

No seu discurso, o presidente da Câmara alfinetou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A indireta aconteceu no mesmo dia que Bolsonaro fez um discurso contra a aprovação da reforma tributária.

“As eleições já ocorreram, os vitoriosos estão no poder —lembro a vocês que meu candidato perdeu a eleição presidencial. Deixemos as urnas de lado. Voltemos nossos olhos para o povo brasileiro.”

Lira iniciou sua fala dizendo que a votação do texto é um “momento histórico” para o Brasil e na vida dos parlamentares. O presidente da Casa defendeu que a proposta é de Estado e não de um governo. O movimento de Lira em discursar no púlpito é uma forma de colocar sua marca de forma ainda mais clara na reforma —nas últimas semanas ele fez diferentes negociações para aprovação do texto.

Quando Lira começou a falar, as conversas no plenário foram cessando. Apenas a deputada Bia Kicis (PL-DF) e o deputado Felipe Carreras (PSB-PE) continuaram conversando. Por duas vezes aliados de Lira puxaram salvas de palmas, mas a tentativa não vingou. A maioria dos deputados não engajou.

Deputados do PL que são alinhados ao bolsonarismo, e contra a reforma, eram os mais alheios. Muitos mastigavam salgadinhos no momento do discurso.

O país olha para esse plenário esperando uma resposta nossa para a aprovação de uma reforma tributária justa, neutra, que dê segurança jurídica e promova o desenvolvimento econômico e social.”

Lira repetiu Maia

Atual presidente da Casa, Lira repetiu seu antecessor na presidência, o ex-deputado Rodrigo Maia (PSDB-RJ), que fez um discurso de 15 minutos antes de terminar a votação da reforma da previdência em 2019.

Na ocasião, Maia criticou o governo do então presidente Jair Bolsonaro (PL) e reivindicou para o Centrão a responsabilidade pela aprovação da reforma.

Diferentemente de Maia, Lira não chorou ao discursar.

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