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Lula evolui bem à cirurgia; médicos descartam lesão no cérebro e preveem alta em 1 semana

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Petista foi levado de Brasília para São Paulo e passou por cirurgia no Hospital Sírio-Libanês, onde segue na UTI

 

O presidente Lula (PT) evoluiu bem da cirurgia para drenagem de hematoma decorrente de hemorragia intracraniana, está estável e conversa e se alimenta normalmente. A informação é da equipe médica, que falou à imprensa nesta terça-feira (10) no Hospital Sírio-Libanês, na região central de São Paulo.

Segundo os médicos, não há nenhum comprometimento cerebral. Trata-se de um hematoma frontoparietal, do lado de fora do cérebro. A cirurgia durou cerca de duas horas, e o presidente chegou lúcido e orientado ao hospital. Ele teve mal-estar, náuseas e um estado semi-gripal.

A complicação sofrida por Lula é comum, especialmente em pessoas mais velhas, após quedas como a sofrida em outubro, quando ele caiu no banheiro. O presidente, que tem 79 anos, deve receber alta no começo da semana que vem, segundo a previsão dos médicos.

O presidente Lula em recente viagem ao Uruguai – Mariana Greif – 05.dez.2024/Reuters

Falaram à imprensa Marcos Stavale, Ana Helena Germoglio, Roberto Kalil, Rogério Tuma e Mauro Suzuki.

Eles disseram ser improvável que ocorram novas complicações como essa. Segundo Tuma, o petista vai ficar mais 48 horas na UTI para observação.

“Como eu disse, ele está bem, se alimentando, consciente, está normal. É mais por precaução”, afirmou Kalil.

Segundo ele, é provável que Lula esteja liberado para voltar ao trabalho, em ritmo mais lento, se de fato receber alta na semana que vem. Ainda assim, tudo dependerá do estado de saúde do presidente.

Stavale afirmou que Lula ficará internado e depois seguirá a vida com normalidade. “Não é que ele vai ficar a cada semana fazendo tomografia”, completou Kalil.

Entrevista da junta médica do Hospital Sírio-Libanês, que atendeu o presidente Lula – Allison Sales/Folhapress

O petista teve uma hemorragia intracraniana e foi submetido nesta madrugada a uma craniotomia para drenagem de hematoma. A hemorragia está relacionada à queda sofrida por Lula em 19 de outubro, quando bateu a cabeça no banheiro do Palácio da Alvorada, a residência oficial da Presidência.

Na segunda-feira (9), Lula reclamou de dores na cabeça e sonolência em conversas com ministros, segundo relato de um deles. Um dos interlocutores do presidente disse que o petista demonstrava desconforto já durante a tarde.

Lula saiu do Palácio do Planalto às 18h, antes do fim de uma reunião com os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e foi para a unidade do Hospital Sírio-Libanês em Brasília.

A intenção original era que ele fosse submetido a exames só na manhã desta terça-feira (10). Consultado, Kalil, médico do presidente, resolveu antecipá-los. Após resultado, o presidente foi transferido em um avião da FAB (Força Aérea Brasileira) para São Paulo.

Lula descreveu a queda no banheiro em uma entrevista à RedeTV! no início de novembro como uma “batida muito forte” e disse que ele achou que “tinha rachado o cérebro”.

“Eu caí de onde eu nunca deveria ter caído. Veja, eu cheguei 16h30 no sábado, em casa, vindo de São Paulo e eu sentei para cortar a minha unha, cortei minha unha, lixei minha unha, sentado num banquinho que eu sempre sentei. E atrás do banco que estava sentado tem o espelho, as gavetas onde guardam as coisas e uma hidromassagem, grande, de 1,5 metro de altura. Eu estava sentado”, descreveu.

“Quando eu fui guardar o estojo, ao invés de mexer com o banco, eu mexi só com o corpo. O dado concreto é o seguinte: que não teve mais espaço e aí a minha bunda não levitou. Então eu caí e bati com a cabeça. Foi uma batida muito forte, saiu muito sangue, eu achei que tinha rachado o cérebro, rachado o casco.”

Lula então relatou que foi levado diretamente para a unidade de Brasília do Hospital Sírio Libanês. E então relatou que teve a percepção de ser uma coisa “muito mais grave”

“Eu achei que era uma coisa muito mais grave. A batida mexeu com o cérebro, estou fazendo ressonância magnética a cada três dias. Agora vou fazer uma última, uma última não, fazer uma no domingo para ver se estou 100% curado”, afirmou o presidente.

O neurocirurgião Luiz Severo explica que fatores como idade, uso de anticoagulantes e traumas seguidos aumentam o risco de recorrência do sangramento, o que se torna mais preocupante.

“Um sangramento não operado pode ir evoluindo com o tempo e colecionando no espaço do cérebro que idoso tem. O idoso tem um espaço maior no cérebro, por conta da atrofia cerebral, uma condição natural.”

Para ele, essa cirurgia de urgência tem várias considerações importantes em relação à sua recuperação e prognóstico. “Sendo o presidente do país tudo isso começa a ser preocupante.”

De acordo com o médico, a recorrência do sangramento intracraniano seguido de cirurgia podem aumentar as chances de sequelas, mas isso pode variar dependendo da gravidade da hemorragia e da rapidez com que o tratamento foi realizado.

Nessas situações, o hematoma pode comprimir áreas importantes do cérebro, como da fala, da motricidade e das emoções.

Por: Arthur Guimarães; Victória Cócolo

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