Um dos problemas do projeto de reforma é que ele remete para o futuro e para um conselho fiscal nacional ou para normas regulatórias que o governo vai criar, sem precisar passar pelo voto do Congresso. Isso significa que regras detalhando a implantação da reforma e alíquotas de impostos podem ser decididas nos gabinetes de Brasília, sem discussão. Por isso, fala-se em “cheque em branco”.
O tamanho do prejuízo só será dimensionado à medida que essas definições forem acontecendo no médio e longo prazo. A reforma tem um prazo de transição até 2030 para ser implementada lentamente e, como mexe com novos impostos, deve obedecer ao princípio da anualidade e só começar a valer a partir de janeiro do ano que vem. Há uma gradualidade na implementação e muitas definições só acontecerão depois. Isso aumenta a cara de aumento de impostos decidido na calada da noite pelos burocratas do Brasil.
Veja o comentário completo com Paulo Moura no vídeo abaixo:
https://youtu.be/uV4wXC7Q3wg