(Reuters) – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a atacar neste sábado em Londres a taxa básica de juros da economia e repetiu que o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, não tem compromisso com o Brasil.
A jornalistas, Lula afirmou que seu problema não é com a autonomia do Banco Central, mas sim com o que ele chamou de “falta de compromisso” de Campos Neto.
“Esse cidadão (Campos Neto) não tem, ele não tem nenhum compromisso comigo, ele tem compromisso com quem? Com o Brasil não tem, ele tem compromisso o outro governo que o indicou”, disse, em coletiva de imprensa após ter participado da coroação do Rei Charles.
A nova bateria de críticas Lula acontece depois que o Banco Central decidiu na quarta-feira manter a Selic em 13,75% ao ano, sem sinalizar um possível corte futuro da taxa básica conforme tem sido cobrado pelo presidente e outros integrantes do governo. O BC reiterou que não hesitará em retomar o ciclo de aperto monetário se necessário, apesar de ponderar que um cenário de novos aumentos nos juros agora é “menos provável”.
Lula repetiu que discorda da política conduzida pelo BC.
“Quem concorda com a política de juros a 13,75% que defenda publicamente, eu não concordo. Nós não temos inflação que garanta qualquer argumento de dizer ‘nós precisamos manter a taxa de juros alta porque não vamos cumprir a meta’.”
Governo quer lançar mais concursos para atender a parte de demanda por 8 mil servidores, diz ministra de Lula
RIO DE JANEIRO (Reuters) – O governo federal tem demandas para o preenchimento de 8 mil vagas no serviço público este ano e vai realizar novos concursos para reduzir essa defasagem, disse nesta sexta-feira a ministra da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck.
Em evento no Rio de Janeiro, Dweck afirmou que o foco maior será em vagas de nível superior.
A ministra disse esperar dar início nos próximos dias a processos para abertura de concursos mais transversais para área de infraestrutura, tecnologia da informação e políticas sociais.
“Depois disso vamos fazer blocos (para contratação) por ministérios, provavelmente começando com Educação, Planejamento e uma sequência em maio e talvez em junho”, afirmou.
O governo já autorizou o preenchimento de 814 vagas no Ministério da Ciência, Tecnologica e Inovação e outras 600 na Funai e Ministério do Meio Ambiente. “Aí já são 1400, e devem sair mais mil e pouco para os próximos dias”, disse Dweck.