O novo ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República, general Marcos Antônio Amaro dos Santos, afirmou que não houve “facilitação” para permitir a entrada de manifestantes no Palácio do Planalto, em 8 de janeiro. Ele deu a declaração nesta quarta-feira, 24, durante a Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara dos Deputados.
O militar foi convocado para dar explicações sobre o vídeo em que o general Gonçalves Dias, ex-ministro do GSI, aparece caminhando entre invasores no Palácio do Planalto na data da manifestação.
“A meu ver, não houve facilitação”, afirmou. “Houve um esforço que não foi suficiente para conter as invasões. Os efetivos são acionados pelo grau de ameaça. Esse grau de ameaça depende de informações corretas sobre o número de manifestantes, de capacidade de invasão. Então, tivemos os efetivos compatíveis com o nosso conhecimento a respeito dos manifestantes.”
O novo ministro adotou uma postura de defesa em relação ao antecessor. Ele disse que as imagens divulgadas pela CNN Brasil demonstraram uma “facilitação”, mas que, em seu entendimento, Gonçalves Dias estava indicando a saída de emergência do terceiro para o segundo andar do Planalto.
As explicações do GSI sobre o 8 de janeiro
“Na realidade, a imagem mostra que ele estava indicando a escada que conduz do terceiro piso para o segundo piso”, defendeu o militar. “Conhecendo o Palácio do Planalto, posso assegurar que era isso que ele estava fazendo: levando do terceiro para o segundo piso, onde os manifestantes estavam contidos já para posterior prisão.”
A divulgação das imagens provocou a demissão de Gonçalves Dias.