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Onda de compras de barganhas em Chicago tiram soja da mínima de 6 meses e meio

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CHICAGO (Reuters) – Os contrato futuros da soja negociados na bolsa de Chicago subiram nesta quinta-feira, quebrando uma sequência de três sessões de perdas, uma vez que uma onda de compras de barganha atingiu o mercado depois que os preços caíram para o menor nível em seis meses e meio, disseram operadores.

Os contratos futuros de milho e trigo caíram, com a fraca demanda por suprimentos dos EUA empurrando os preços para as mínimas atingidas no início deste mês.

“As vendas de exportação foram muito ruins”, disse Ted Seifried, estrategista-chefe de mercado do Grupo Zaner. “Elas estiveram dentro das expectativas, mas as expectativas são muito ruins neste momento.”

O Departamento de Agricultura dos EUA disse na manhã de quinta-feira que as vendas semanais de exportação de milho totalizaram apenas 340.400 toneladas.

Seifried disse que o total mostra que os usuários finais poderiam ignorar os suprimentos dos EUA e esperar a colheita da safra no Brasil.

Os contratos futuros da soja encerraram em alta de 1,50 centavos, a 14,055 dólares por bushel.

Os preços tinham atingido o fundo do poço de 13,8525 dólares por bushel, o mais baixo em uma base contínua para o contrato mais ativo desde 28 de outubro.

O milho caiu 11,75 centavos a 5,8225 dólares por bushel. O trigo recuou 14 centavos, a 6,2725 dólares por bushelpor bushel.

O USDA divulgará seu relatório mensal de estimativas de oferta e demanda agrícola mundial na sexta-feira, que incluirá previsões para o ano comercial de 2023/24 pela primeira vez.

Já com 27% do PIB do agro, setor de soja e biodiesel devem aumentar fatia em 2023 (Cepea/Abiove)

SÃO PAULO (Reuters) – Um primeiro estudo que agregou dados econômicos da cadeia produtiva de soja e do biodiesel apontou que essas indústrias responderam em 2022 por 27% do Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio do Brasil, com potencial de expansão dessa fatia em 2023, considerando uma safra recorde e mercados de farelo e óleo aquecidos, disseram os autores do trabalho.

No ano passado, apesar da quebra da safra de soja e de uma mistura menor de biodiesel no diesel, o PIB da cadeia produtiva alcançou 673,7 bilhões de reais, incluindo o setor do biocombustível, que conta com até 75% de óleo de soja em sua composição, segundo dados do relatório feito em parceria entre o Cepea (da Esalq/USP) e Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove).

“Pela lógica do que nós mostramos aqui, se o setor de biodiesel amplia, tem esse impacto direto de geração de empregos e de PIB”, disse a pesquisadora Nicole Rennó Castro, ao responder pergunta sobre perspectivas de crescimento para este ano.

Após uma redução na produção de soja em 2022, o governo decidiu reduzir o percentual de mistura de biodiesel no diesel para 10% no ano passado. Em 2023, diante de uma colheita recorde, o governo decidiu pela retomada de aumento gradativo do “mix”, e definiu 12% para este ano.

O estudo apontou que entre 2021 e 2022 o PIB da cadeia produtiva (em volume) foi reduzido em 7,8%, pela safra e mistura menores. A pesquisadora não deu um índice para a expectativa de crescimento em 2023.

O economista-chefe da Abiove, Daniel Amaral, lembrou que não é o biodiesel que “sozinho” gera maior esmagamento de soja no Brasil, e consequentemente produção de maior valor agregado e mais empregos.

“Mas o biodiesel propicia uma parcela importante desse crescimento. A partir do biodiesel, a demanda adicional por óleo foi importante para o crescimento do processamento”, disse ele, lembrando que o farelo de soja, usado na alimentação animal, é outro produto do esmagamento da oleaginosa.

A esse respeito, ele adiantou que a entidade vai revisar para cima seus números de exportação de farelo de soja devido à demanda extra gerada pela quebra da safra na Argentina, que tradicionalmente é o maior exportador de óleo e farelo. Os argentinos, aliás, deverão ampliar importações do grão in natura do Brasil.

Segundo ele, o país tem conseguido ampliar mercados para a soja, ganhando espaço da Argentina, que tem lidado com safra menores, e mesmo dos Estados Unidos. “Isso acaba fortalecendo a cadeia da soja no Brasil, ampliando a área plantada, os investimentos associados ao crescimento da produtividade…”.

O presidente da Abiove, André Nassar, comentou ainda que a área plantada com soja no Brasil tem crescido acima da expansão da capacidade da indústria.

“O processamento está crescendo, e ele será acelerado com o aumento da mistura de biodiesel, acreditamos que ele pode ser acelerado também por demanda internacional para o nosso farelo”, destacou.

DESTAQUES DO ESTUDO

O trabalho do Cepea/Abiove apontou que de 2010 a 2022 o PIB-volume da cadeia produtiva expandiu 58%.

“Isso indica um aumento consistente da disponibilização de produtos ao consumidor final pela cadeia produtiva”, afirmou.

Entre os segmentos da cadeia, a maior agregação de PIB foi feita pelos agrosserviços: 362,54 bilhões de reais em 2022; dentro da porteira da fazenda, a soja gerou PIB de 192,1 bilhões de reais no ano passado; na agroindústria, foi gerado PIB de quase 77 bilhões de reais, sendo 57,7 bilhões pela indústria de esmagamento e refino, 10,3 bilhões de reais pela de rações e 8,9 bilhões de reais pela do biodiesel. O segmento de insumos gerou PIB de 42,1 bilhões em 2022.

Em 2022, a cadeia da soja e do biodiesel gerou 2,05 milhões de ocupações, 80% a mais do que em 2012.

Com isso, a participação da cadeia produtiva como geradora de empregos no agronegócio ampliou-se de 5,8% para 10,8%, apontou o trabalho.

Principal produto da pauta de exportações do Brasil, a soja impulsionou os embarques do complexo da oleaginosa, que inclui o farelo e óleo, na última década.

Em 2022, o valor exportado atingiu um novo recorde de 61,3 bilhões de dólares), representando 38% das exportações do agronegócio.

Brasil deve ver aumento de 12% na safra de milho com produtividades em alta

SÃO PAULO (Reuters) – Com a colheita da segunda safra de milho do Brasil prevista para começar no início do próximo mês, as estimativas de um recorde na produção total na temporada 2022/23 estão se consolidando, apontou nesta quarta-feira pesquisa da Reuters, que indica crescimento de 12% ante o ciclo passado, para 126,7 milhões de toneladas.

A estimativa média, com base em avaliações de 13 analistas e instituições de pesquisa de safra, ficou quase estável na comparação com a projeção de uma sondagem realizada com praticamente as mesmas fontes em março.

Isso apesar de uma redução na previsão de área plantada, por conta do atraso no plantio da “safrinha”, o que indica produtividades em alta, segundo apontaram números da maioria dos analistas ouvidos, que citaram um clima favorável.

“Aumentamos em 2 milhões de toneladas a previsão do milho safrinha no início do mês, refletindo condições muito boas de lavouras, no centro-norte do país e até no Paraná e Mato Grosso do Sul, apesar de um plantio atrasado”, disse o analista Gabriel Faleiros, da S&P Global Commodity Insights.

“Até o momento as condições estão muito boas, estão surpreendendo, vemos potencial de produtividades até maiores, inclusive”, acrescentou ele.

A avaliação é divulgada antes da estatal Conab e do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) atualizarem seus números mensais na quinta-feira e sexta-feira, respectivamente.

Já o Head da DATAGRO Grãos, Flávio França Jr., lembrou que houve uma redução na expectativa de área plantada no milho de inverno em alguns Estados, como Paraná, Mato Grosso do Sul, Goiás, São Paulo e Minas Gerais, por conta do atraso na colheita da soja, o que levou a consultoria a diminuir seus números.

Mas ele concordou que o clima está favorável. “Por outro lado, as condições gerais das lavouras que foram implantadas é positiva.”

Mesmo diante de boas condições, o analista da consultoria AgRural, Adriano Gomes, sinaliza que o número final ainda dependerá de as condições climáticas seguirem favoráveis.

“Apesar do atraso, que foi maior no Paraná e Mato Grosso do Sul, as lavouras de milho estão com ótimo potencial produtivo em todos os Estados produtores. Porém, para que esse número se confirme ou seja superado é preciso que chuvas continuem ocorrendo em maio e até junho em áreas mais tardias”, disse ele.

Gomes, assim como seu colega Faleiros, lembrou que as temperaturas também precisam ser favoráveis no Sul.

Ainda assim, se eventualmente ocorrerem geadas em Mato Grosso do Sul e Paraná, boa parte das lavouras já deverá estar em fases menos suscetíveis, disse Faleiros.

Em atualização de estimativa da segunda safra realizada na véspera, a consultoria Pátria AgroNegócios elevou a previsão de produtividade média para cerca de 5.700 quilos por hectare, o que seria um crescimento de 8,6% na comparação com a safra passada. Com isso, a projeção da “safrinha” indica volume acima de 97 milhões de toneladas.

Na mesma linha, está a HedgePoint Global Markets. “Falando apenas da safra de inverno, estávamos com 94,4 milhões de toneladas nos últimos dois meses e, neste mês, atualizamos para 95,5 milhões. A razão pelo ajuste são boas condições climáticas e de safra reportadas no Mato Grosso e Goiás, principalmente”, ressaltou o analista de Proteína Aninal da empresa Pedro Schicchi.

MARGEM APERTADA

Com uma safra recorde, as margens dos produtores estão mais apertadas, uma vez que os preços no mercado interno oscilam nos menores níveis em quase três anos, o que de outro lado beneficia a indústria de carnes, que tem redução de custos com a ração.

Mas o agricultor vai ter de obter boas produtividades para garantir alguma rentabilidade com o milho segunda safra.

Segundo Gomes, da AgRural, nos últimos 30 dias os preços do milho safrinha (com entrega a partir de junho) tiveram queda ao redor de 15 reais a saca na maioria das praças.

“Expectativa de uma boa safra entrando no mercado daqui algumas semanas e baixo índice de comercialização deixou a ponta compradora mais confortável em esperar o milho novo chegar, e comprar apenas lotes pequenos no mercado para suprir sua necessidade momentânea.”

Conab eleva previsão de safra de soja do Brasil para 154,8 mi t

SÃO PAULO (Reuters) – A safra de soja do Brasil 2022/23 foi estimada nesta quinta-feira em recorde de 154,8 milhões de toneladas, aumento de 1,2 milhão de toneladas na comparação com o número de abril, de acordo com levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

Já a safra total de milho do Brasil 2022/23 foi prevista em 125,5 milhões de toneladas, com alta de cerca de 600 mil toneladas na comparação com a projeção divulgada no mês passado. A estatal melhorou a estimativa para a segunda safra do cereal em relação ao mês passado, para um volume de 96,1 milhões de toneladas.

Para a safra total de grãos 2022/23, a previsão atual é de recorde de 313,9 milhões de toneladas, contra 312,5 milhões na estimativa de abril, representando um avanço de 15,2% na comparação anual.

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