O ex-presidente Lula realizou uma live recentemente, buscando melhorar a comunicação do governo e sua relação com os eleitores, mas obteve resultados decepcionantes. Menos de 6.000 pessoas assistiram à transmissão no YouTube e outras mídias sociais. A explicação mais lógica para esse fracasso é que o PT e Lula ainda estão presos à era analógica da comunicação.
O PT sempre se destacou na comunicação analógica, utilizando profissionais renomados e copiando a linguagem publicitária da Rede Globo. Essa estratégia de comunicação em massa, por meio da televisão e do rádio, foi eficiente para o partido ascender ao poder. No entanto, a internet exige uma abordagem diferente, focada no relacionamento ponto a ponto com os seguidores.
O presidente Bolsonaro, por outro lado, sempre teve sucesso nas redes sociais, pois compreende a importância da interação direta com seus seguidores. Ele frequentemente se comunica com eles por meio de suas contas pessoais, utilizando apenas um celular.
A comunicação digital exige uma conexão entre o emissor e o receptor, e as pessoas querem interagir com seus líderes, não apenas ouvir passivamente uma mensagem. Lula, ao utilizar a estrutura da IBC e os canais institucionais do governo para sua live, não conseguiu estabelecer essa conexão.
Durante a campanha eleitoral, Lula contratou agências digitais e investiu em impulsionamento pago para expandir sua comunicação na internet. Embora tenha conseguido equilibrar o jogo com Bolsonaro em alguns momentos, o presidente nunca gastou dinheiro com isso, contando com o envolvimento orgânico e voluntário de seus seguidores.
O PT, nascido da era industrial e amparado em ideias superadas, enfrenta dificuldades para se adaptar à comunicação digital. A dica para os deputados da oposição é lembrar que a lei proíbe o uso da estrutura de comunicação institucional do governo para fazer propaganda pessoal, como ocorreu na live de Lula.
Veja o vídeo na íntegra:
