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Queda na produção industrial em julho

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A indústria brasileira teve um desempenho mais fraco do que o esperado no início do terceiro trimestre, registrando uma queda em julho após três meses de estabilidade, e não mostrou sinais de recuperação em meio a desafios tanto internos quanto externos.

A produção industrial do Brasil diminuiu 0,6% em julho em comparação com o mês anterior e caiu 1,1% em relação ao mesmo período do ano anterior. Ambos os números divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira foram piores do que as expectativas da pesquisa da Reuters, que previam quedas de 0,3% no mês e 0,5% em relação ao ano anterior.

Além disso, a queda mensal foi a mais acentuada desde abril (-0,7%) e marcou o pior resultado para o mês de julho desde 2021 (-16%).

André Macedo, analista da pesquisa no IBGE, destacou a preocupação com a perda de intensidade e o perfil disseminado da queda, observando que houve um aumento de 0,3% em maio e a produção ficou estagnada em junho.

Com esse desempenho em julho, o setor industrial está 2,3% abaixo do nível pré-pandemia (fevereiro de 2020) e 18,7% abaixo do ponto mais alto da série histórica, registrado em maio de 2011, de acordo com o IBGE.

Analistas acreditam que a perspectiva para a indústria no resto do ano é de fraqueza, ou até mesmo de resultados negativos. Isso se deve às altas taxas de juros, mesmo com o Banco Central iniciando um ciclo de afrouxamento monetário em agosto, e à desaceleração global, com destaque para a China, que afeta a demanda.

Em relação aos setores específicos, o segmento de veículos automotores, reboques e carrocerias teve a maior queda (-6,5%), seguido pelas indústrias extrativas (-1,4%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-12,1%) e máquinas e equipamentos (-5,0%). Por outro lado, o setor de alimentos registrou um aumento de 0,9%, impulsionado pelo crescimento na produção de açúcar, soja e carne bovina.

Entre as categorias econômicas, apenas os bens de consumo semi e não duráveis tiveram um aumento no mês, de 1,5%. Enquanto isso, a fabricação de bens de capital teve uma queda de 7,4%, bens de consumo duráveis recuaram 4,1% e o setor de bens intermediários teve uma retração de 0,6%.

Fonte: Reuters

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