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Relatório do USDA estima safra global de soja em 400 milhões de ton; China importará 100 mi

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O USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) trouxe suas primeiras projeções para a safra 2023/24 no boletim mensal de oferta e demanda de maio, reportado nesta sexta-feira (12). Embora os números sejam fortes e maiores dos que os da safra anterior para o cenário norte-americano, vieram dentro das expectativas do mercado.

Ainda assim, as cotações na Bolsa de Chicago recuavam e, por volta de 14h (horário de Brasília), perdiam de 8,25 a 15,50 pontos, com as baixas mais intensas sendo registradas nos contratos mais longos. Assim, o vencimento julho tinha US$ 13,98 e o agosto, US$ 13,25 por bushel.

No cenário global, destaque para a marca da produção mundial da oleaginosa chegando aos 400 milhões de toneladas.

SOJA EUA 2023/24

A produção de soja dos Estados Unidos foi estimada em 122,74 milhões de toneladas, dentro das expectativas do mercado de 116,37 a 122,74 milhões de toneladas, com média de 122,03 milhões. Os estoques finais são estimados em 9,12 milhões, também dentro das expectativas do mercado de 6,12 a 9,99 milhões.

A área plantada estimada para esta nova temporada é a mesma da safra anterior de 35,41 milhões de hectares, enquanto a área colhida deve chegar a 35,09 milhões. A produtividade esperada é de 58,28 sacas por hectare, contra 55,48 da safra 2022/23.

O USDA estimou ainda exportações de 53,75 milhões de toneladas para a safra 2023/24, enquanto o esmagamento foi projetado em 62,87 milhões de toneladas. Na comparação com a temporada anterior, são esperadas exportações menores e processamento maior.

SOJA MUNDO

A produção global de soja foi estimada em 410,59 milhões de toneladas, contra o número mais recente da safra 22/23 de 370,42 milhões. Os estoques finais, por sua vez, vieram estimados em 122,5 milhões de toneladas, dentro do intervalo das expectativas de 99,5 a 134 milhões, mas acima da média esperada de 108,07 milhões de toneladas.

O USDA estimou a safra 2023/24 de soja do Brasil em impressionantes 163 milhões de toneladas e exportações que podem alcançar 96,5 milhões de toneladas. E para a safra 2022/23 fez um ajuste de 154 para 155 milhões de toneladas, mas mantendo as vendas externas em 93 milhões.

Para a Argentina, se espera uma recuperação e a safra pode voltar aos 48 milhões de toneladas na nova temporada. Ainda assim, as exportações argentinas da oleaginosa deverão seguir tímidas, estimadas em 4,6 milhões de toneladas. Para a atual temporada, o número esperado é de 3,3 milhões.

Já a produção chinesa de soja na nova safra pode alcançar 20,5 milhões de toneladas e suas importações, 100 milhões de toneladas. As importações no ano comercial 2022/23 foram revisadas para cima, passando de 96 para 98 milhões de toneladas.

USDA Maio - Soja

Por:  Carla Mendes;  Fonte:  Notícias Agrícolas

Relatório do USDA: Estoques de milho e soja dos EUA aumentarão com safras recordes

CHICAGO (Reuters) – A oferta de milho e soja dos Estados Unidos deve aumentar acentuadamente no próximo ano devido a expectativas de safras recordes para os dois produtos, estimou nesta sexta-feira o governo norte-americano, indicando potencial de declínio de preços das commodities.

Mas os suprimentos de trigo deverão para o nível mais baixo em 16 anos, uma vez que uma seca severa nas Planícies dos EUA destruiu o robusto potencial de colheita advindo do aumento da área plantada.

Os preços do milho, trigo e soja caíram no último ano devido à oferta global mais abundante, mesmo com a continuação da guerra na Ucrânia, grande produtor. Uma safra de trigo historicamente ruim dos EUA deixa o mundo mais vulnerável à escassez se surgirem problemas em outros lugares, no entanto.

Os estoques finais de milho para o ano comercial de 2023/24 foram previstos em 2,222 bilhões de bushels, acima do volume de 1,417 bilhão de bushels em 2022/23, informou o Departamento de Agricultura dos EUA em seu relatório mensal de oferta e demanda agrícola mundial.

Os estoques finais de soja dos EUA deverão crescer de 215 milhões para 335 milhões de bushels, segundo o USDA, com os estoques de trigo caindo para 556 milhões de bushels, o menor nível desde 2008.

Os contratos futuros do trigo saltaram depois que o relatório foi divulgado, com os preços em Kansas City acompanhando a safra atingida pela seca nas Planícies dos EUA, atingindo o nível mais alto desde 2 de abril.

As perspectivas de safra de milho e soja mantiveram pressionados os contratos futuros das safras que estão sendo plantadas atualmente.

“O USDA deu um grande golpe no preço do milho e da soja…”, disse Don Roose, presidente da corretora agrícola US Commodities.

A produção de milho atingirá 15,265 bilhões de bushels, com base em um rendimento médio de 181,5 bushels por acre e a produção de soja atingirá 4,510 bilhões de bushels, com rendimentos médios fixados em 52,0 bushels por acre.

Se concretizada, a colheita de milho superará o recorde anterior de 15,148 bilhões de bushels, estabelecido em 2016. A maior safra de soja dos EUA, de 4,465 bilhões de bushels, foi colhida em 2021.

Analistas esperavam que o relatório mostrasse os estoques finais 2023/24 em 2,094 bilhões para o milho e 293 milhões para a soja, de acordo com a média das estimativas em uma pesquisa da Reuters.

USDA projeta salto para 163 mi t na safra de soja do Brasil em 23/24

(Reuters) – A safra de soja do Brasil 2023/24, que deverá ser plantada a partir de setembro, foi estimada nesta sexta-feira em 163 milhões de toneladas, ante 155 milhões de toneladas em 22/23, projetou o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), nesta sexta-feira.

Para o milho, o órgão do governo dos EUA projetou uma queda para 129 milhões de toneladas na nova safra, ante 130 milhões em 2022/23, que ainda depende dos resultados da colheita de inverno para ser confirmada.

China intensifica amostragem de cargas de soja, aumentando atrasos, dizem traders

PEQUIM/CINGAPURA (Reuters) – A China está aumentando significativamente as inspeções em cargas de soja importada, disseram três traders à Reuters na sexta-feira, prolongando os tempos de liberação já lentos e caros no maior comprador mundial de grãos.

A China introduziu no mês passado novos procedimentos na alfândega para desembarcar a soja, que já havia atrasado os tempos de desembaraço e aumentado os custos para os compradores da fonte de proteína mais comercializada do mundo.

Nos últimos dias, os portos também intensificaram a amostragem de cargas para verificar se há pragas e resíduos, disseram os comerciantes, o que aumentará ainda mais os custos e prejudicará a demanda.

“É um golpe duplo. Anteriormente, houve atrasos na obtenção de licenças de importação e, nos últimos dias, há verificações mais rigorosas nas cargas”, disse um trader de uma empresa de comércio internacional com sede em Cingapura.

A China, que compra mais de 60% da soja embarcada no mundo, recebe principalmente a oleaginosa do Brasil e dos Estados Unidos.

As verificações alfandegárias mais rigorosas ocorrem em um momento de ampla oferta global da oleaginosa, que é esmagada para produzir farelo de soja para ração animal e óleo.

Os tempos de liberação lentos nos portos chineses estão elevando os preços spot do farelo de soja, agravando as perdas recentes para os suinocultores na China, que criam metade dos porcos do mundo.

Os preços do farelo de soja na China saltaram perto de 14% desde o início de abril.

No principal porto para a soja da China, Rizhao, que movimentou mais de 10 milhões de toneladas no ano passado, todos os navios que chegaram nos últimos dois dias foram inspecionados, disseram dois comerciantes chineses com conhecimento da situação.

Anteriormente, apenas um em cada cinco navios seria amostrado, disse um dos comerciantes, acrescentando que leva até dez dias úteis antes que as cargas possam ser descarregadas após a inspeção.

Os comerciantes não quiseram ser identificados devido à sensibilidade do assunto.

Um funcionário do porto de Rizhao encaminhou a Reuters às autoridades alfandegárias da China. A alfândega da China não respondeu imediatamente a um fax pedindo comentários sobre o assunto.

Outros portos do país também intensificaram as inspeções de carga de soja nas últimas semanas, disseram um trader de Pequim e outro de Cingapura.

“Eles estão coletando muito mais amostras do que o normal e é isso que está causando atrasos”, disse um gerente de uma empresa de comércio internacional na China.

Não está claro por que as autoridades alfandegárias aumentaram as inspeções da soja. As amostras são verificadas quanto a resíduos de pesticidas, pragas de plantas e outros problemas fitossanitários.

Cerca de 30 navios transportando cerca de 1,8 milhão de toneladas de soja estão atualmente esperando em ancoradouros fora dos portos, disse o trader de Cingapura, incorrendo em custos crescentes de demurrage.

A sobreestadia, ou taxas pagas aos armadores por não descarregar a carga no prazo acordado, pode chegar a 20.000 dólares por dia para um navio panamax transportando 60.000 toneladas de soja.

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