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Soja bate nos menores preços nos portos brasileiros; China aparece nas compras

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Os preços internos da soja são os menores (base porto) do ano no mercado brasileiro – os maiores vendedores de soja do mundo. As referências nos principais terminais testaram níveis entre R$ 136,50 e R$ 138,00 por saca, no junho, e “o porto que paga melhor é Rio Grande com R$ 138,00”, explica o consultor Vlamir Brandalize. Para julho indicações de R$ 139,50 – Paranaguá – a R$ 141,00 – Rio Grande, já em setembro, R$ 145,00 em ambos. Para outubro, as posições já testam até R$ 148,00, refletindo, principalmente, uma melhora mais significativa dos prêmios.

O consultor relatou ainda que os preços no mercado de balcão também testam os menores níveis do ano, tendo caído atré R$ 2,00 por saca, em média, nesta quinta-feira. “Mas a partir de amanhã deve trabalhar com certa estabilidade e em Chicago podendo até mesmo testar alguma correção técnica”.

Se a soja da safra 2022/23 do Brasil está mais barata para a China, nos vencimentos mais a frente, já referentes à safra 2023/24 dos Estados Unidos ganha competitividade e o país tem buscado também garantir estes negócios.

“Os prêmios da soja no Brasil acumulam alta de US$ 1,10 por bushel para os embarques de junho a agosto, enquanto os prêmios no Golfo caíram 30 centavos. Hoje, a soja americana para embarque outubro já é mais barata em relação à soja brasileira em setembro. Traders comentam sobre mais negócios nos EUA nesta madrugada”, explica a equipe da Agrinvest Commodities.

Se da safra 2022/23 a China cancelou compras nos EUA, da safra 2023/24, ainda de acordo com os números do relatório semanal de vendas para exportação trazido nesta quinta pelo USDA, comprou 187 mil toneladas. O volume total das vendas da safra nova, na última semana, foi de 663,8 mil toneladas.

A China cancelou compras de soja dos Estados Unidos, segundo dados divulgados pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) nesta quinta-feira (18) para se reposicionar aqui no Brasil, analisou o consultor de mercado Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting. “Ela cancelou compra de 119,2 mil toneladas da safra 2022/23 feitas na semana passada e isso acabou dando mais um banho de água fria no mercado”, disse.

As vendas da nova temporada norte-americana estão bastante lentas, com o produtor também bastante reticente em efetivar novos negócios frente aos atuais patamares de preços. Em sua última entrevista ao Notícias Agrícolas, o analista de mercado Eduardo Vanin, da Agrinvest Commodities, explicou que os EUA venderam perto de dois milhões de toneladas de soja apenas, contra mais de 11 milhões no mesmo período do ano passado.

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IGC eleva previsão para safra mundial de milho 23/24 com impulso do Brasil para 130,2 mi de ton

LONDRES (Reuters) – O Conselho Internacional de Grãos (IGC, na sigla em inglês) elevou na quinta-feira sua previsão para a safra global de milho 2023/24 em 9 milhões de toneladas, para 1,217 bilhão de toneladas, refletindo em grande parte as perspectivas melhores para a produção no Brasil e na China.

O órgão intergovernamental, em uma atualização mensal, elevou sua previsão para a safra de milho do Brasil para 130,2 milhões de toneladas, acima da previsão anterior de 127 milhões, enquanto a produção da China aumentou para 279,4 milhões, de 276,2 milhões.

A safra global de milho agora é vista bem acima dos 1,153 bilhão da temporada anterior, mas ainda um pouco abaixo do recorde estabelecido em 2021/22 de 1,223 bilhão.

O IGC cortou suas perspectivas para a safra mundial de trigo 2023/24 em 4 milhões de toneladas, para 783 milhões de toneladas.

O corte foi impulsionado por uma revisão nos Estados Unidos de 49,4 milhões para 45,2 milhões.

Três anos de seca deixaram a safra de trigo duro de inverno dos EUA na pior forma em muitos anos.

“Com uma previsão de milho mais do que compensando os rebaixamentos de trigo e cevada, a produção total de grãos de 2023/24 agora é vista em um pico histórico”, disse o IGC.

O IGC previu a produção total de grãos em 2023/24 em 2,294 bilhões de toneladas, acima da projeção anterior de 2,291 milhões e agora ligeiramente acima dos 2,293 bilhões colhidos em 2021/22.

Argentina corta novamente previsão de safra de soja 2022/23 após seca

BUENOS AIRES (Reuters) – A bolsa de cereais de Buenos Aires reduziu nesta quinta-feira sua estimativa para a safra de soja da Argentina 2022/23 para 21 milhões de toneladas, versus estimativa anterior de 22,5 milhões de toneladas, depois que as áreas agrícolas do país foram atingidas por uma forte seca.

“Houve perdas significativas na área que os agricultores podem colher para a segunda (final da temporada) de soja”, disse a bolsa em seu relatório semanal, acrescentando que os agricultores do país colheram 69,2% da área plantada com a oleaginosa.

A bolsa manteve sua estimativa para a produção de milho 2022/23 em 36 milhões de toneladas, ainda bem abaixo das 50 milhões de toneladas colhidas na temporada anterior.

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