Notícias do soja com Vlamir Brandalizze
Mercado Brasileiro de Soja: Semana de Poucos Negócios
A semana no mercado brasileiro de soja foi marcada por baixa movimentação, com poucos negócios sendo realizados. A expectativa para a próxima semana é de um mercado ainda mais enfraquecido, à medida que as atenções se voltam para o avanço da safra brasileira e a divulgação dos primeiros números da colheita. A partir do final da próxima semana, espera-se um aumento significativo na colheita, o que pode influenciar diretamente as dinâmicas de mercado.
Relatório do USDA e Expectativas para a Safra da América do Sul
O USDA recentemente revisou para cima as estimativas da safra brasileira, com grandes chances de fazer o mesmo para a safra argentina. Essa perspectiva pode influenciar significativamente as decisões dos investidores em Chicago. De acordo com Vlamir, o relatório mensal de oferta e demanda do USDA, previsto para a próxima semana, deve confirmar o aumento da produção brasileira, gerando um peso adicional nas cotações mesmo em um cenário de alta no petróleo.
Cotações e Movimentação em Chicago
O mercado de Chicago tem mostrado volatilidade. Mesmo com a alta do petróleo, as notícias sobre a safra brasileira e a perspectiva de maior oferta pressionaram os preços, resultando em quedas de 10 a 15 pontos. A sexta-feira, marcada como a primeira do ano, foi um dia de liquidação, com investidores realizando lucros após a alta registrada na véspera.
Preços no Mercado Interno
No Brasil, os preços registraram queda em relação ao dia anterior, com uma diferença de aproximadamente R$ 1,00 por saca. O balcão segue estável, reflexo de um início de ano com baixa movimentação. Muitas cooperativas têm mantido os preços do balcão, aguardando maior movimentação no mercado.
Câmbio e Impacto no Preço da Soja
O dólar perdeu parte do fôlego de alta devido à saída de capital observada no final do ano, o que contribuiu para amenizar a valorização da moeda americana. Essa leve desvalorização impacta diretamente na janela de preços da soja, que continua variando entre US$ 9,50 e US$ 10,50 por bushel. O mercado enfrenta dificuldades para ultrapassar esses limites, com uma tendência de cotações abaixo de US$ 10 para a maioria dos contratos.