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Soja encerra a sexta-feira em Chicago com nova queda de preços; Safras aumenta produção brasileira

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As commodities agrícolas fecharam em baixa nesta sexta-feira, pelo 4° dia consecutivo, com soja, milho e trigo ajustando próximo das mínimas. Segundo análise de Ginaldo de Souza, da Labhoro, “o mercado sente a falta de demanda, com a China totalmente ausente, demonstrando
tranquilidade no abastecimento interno, enquanto a safra que está sendo plantada nos EUA mostra um potencial de boa produtividade, com projeções animadoras, justificando as baixas verificadas nos últimos dias”.

— “Os fundos, que estão vendidos em trigo, milho e óleo de soja, demonstram apetite para venda nos contratos de soja e farelo, o que nos leva a crer que os fundos já estão próximos do even na soja”, explica Ginaldo.

O mercado trabalhou em alta durante grande parte do dia, mas tornou a cair acompanhando o Dollar Index, que foi pressionado pela fala de Garret Graves, principal negociador  republicano, nesta sexta-feira (19), indicando que as negociações sobre o aumento do teto da dívida do governo foram interrompidas entre os republicanos e democratas para elevação do teto da dívida de 31,4 trilhões de dólares do governo norte-americano.

“Até que as pessoas estejam dispostas a ter conversas difíceis sobre como você pode realmente seguir em frente e fazer a coisa certa, não vamos sentar aqui e conversar”, disse o deputado Garret Graves, negociador designado pelo presidente da Câmara, Kevin McCarthy, a repórteres ao sair das conversas na sexta-feira.

O GFS, gerado nessa tarde, indica clima seco para maior parte dos estados produtores dos Estados Unidos, com acumulados leves em Minnesota, Dakota do Sul, oeste do Nebraska, sul do Kansas, oeste de Oklahoma, partes do Texas, Alabama, moderados a fortes no leste da Dakota do Norte.

Para o Brasil as previsões de clima seco persistem, com indicações de chuvas somente no norte do Maranhão, sudeste do Paraná, centro e oeste de SC e de maneira esparsas no RS.

Para a Argentina o modelo indica clima seco para todo o oeste do país, acumulados previstos para Buenos Aires, Santa Fé, Entre Rios.

FECHAMENTO:

Ao longo da semana, soja julho caiu 82 ¾ centavos, milho julho caiu 32 centavos e o trigo julho caiu 30 centavos.

Congestionamentos tem ocorrido nos portos chineses devido a um reforço recente nas inspeções de cargas que chegam no país, devendo resultar em um desabastecimento do mercado doméstico. Algumas cargas podem levar até 20 dias para serem liberadas, um grande contraste com o período usual, que era de 3 a 5 dias. Os atrasos tem elevado o custo do farelo em cerca de 20% entre o final de março e início de maio.

Safras & Mercado eleva previsão de colheita de soja do Brasil para 155,66 mi t

SÃO PAULO (Reuters) – A produção brasileira de soja em 2022/23 deverá totalizar 155,66 milhões de toneladas, estimou nesta sexta-feira a consultoria Safras & Mercado, ao elevar sua previsão em quase 600 mil toneladas na comparação com o número de abril.

Se confirmada, a colheita brasileira virtualmente encerrada deverá crescer 21,1% sobre a temporada anterior.

O avanço e a finalização da colheita na maior parte do país confirmaram a expectativa de grandes produtividades médias em importantes Estados produtores, notou a consultoria.

“Dessa forma, foram feitos ajustes positivos nas produtividades médias esperadas em Estados de todas as regiões, com destaque para os Estados do Paraná, Mato Grosso e Bahia, que estão atingindo recordes de produtividade”, disse o consultor de Safras & Mercado, Luiz Fernando Roque.

A alta na produção nacional foi efetivada apesar de o Rio Grande do Sul ter tido novamente sua expectativa de produtividade média reduzida devido aos problemas climáticos que atingiram parte do Estado nesta temporada.

“Mesmo assim, a produtividade média do Estado gaúcho será superior à registrada na safra passada, visto que os problemas desta temporada foram menos amplos”, completou.

Enquanto a produtividade média do Brasil foi vista em mais de 3.500 quilos por hectare, o Rio Grande do Sul deve colher 2.160 kg/hectare.

Apesar dos recuos nas cotações, a margem bruta do produtor ainda é positiva, diz Carlos Cogo
Relação de troca por fertilizantes e defensivos bastante favorável, diz Carlos Cogo – Sócio-Diretor da Consultoria Cogo Inteligência em Agronegócio

Armazéns cheios de soja e falta de espaço para milho é o que pressiona o mercado, aponta Ênio Fernandes

Equilíbrio do mercado está baseado nas exportações, que precisam atingir 50 milhões de toneladas com embarques que devem voltar a subir a partir de agosto, diz Ênio Fernandes – Consultor em Agronegócio da Terra Agronegócios.

Começo da colheita da safrinha deve trazer mais pressão negativa para os preços do milho, diz Stonex

Por João Pedro Lopes – Analista de Inteligência de Mercado da StoneX

 

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