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Mercado financeiro nervoso e Chicago sem rumo, aponta Vlamir Brandalizze

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Notícias da Soja com Vlamir Brandalizze

O mercado da soja apresenta movimentações importantes. Com a retração do dólar influenciada pela recente alta de 1 ponto percentual na taxa Selic, o câmbio chegou a testar valores abaixo de R$ 5,90, mas retornou ao patamar de R$ 6,00. Este movimento impacta diretamente os preços da soja para o produtor brasileiro. Embora os valores em Chicago tenham registrado uma queda de mais de 20% no acumulado do ano, a valorização do dólar, que subiu 24%, garantiu um aumento de 27% no preço em reais por saca em 2024.

No entanto, a falta de direção no mercado de Chicago, aliada à pressão do dólar mais baixo, tende a impactar negativamente as cotações e esfriar os negócios. Segundo Vlamir Brandalizze, o cenário para os próximos cinco meses será desafiador para os produtores. A próxima safra será uma das maiores da história, mas o volume expressivo de soja disponível após o início de 2025 pressionará ainda mais os preços. Os prêmios já refletem essa tendência, com valores na faixa de 15 pontos negativos para março e abril de 2025.

Apesar da queda de R$ 2,00 no preço de balcão, a previsão é de que os valores recuem ainda mais, podendo diminuir até R$ 10,00 nos próximos 30 a 40 dias. O dólar, que já teve forte alta este ano, não deve sofrer uma disparada adicional, segundo Vlamir. Nos EUA, os preços da soja em Chicago permanecem acima de US$ 10, sustentados pelos altos custos de produção dos agricultores americanos. Com a perspectiva de redução na área plantada nos EUA, o mercado poderá reagir negativamente quando perceber que a produção no Brasil vai superar os 170 milhões de toneladas, conforme estimativas revisadas.

Por outro lado, a demanda global por soja segue robusta. Carla Mendes comenta que a expectativa é de um crescimento de 5% na demanda para a temporada 2024/25, apesar de preços mais baixos e margens apertadas. A soja brasileira e americana são altamente procuradas, e as exportações dos EUA acumulam 37 milhões de toneladas neste ano, acima das 33 milhões registradas no mesmo período do ano passado. No entanto, a capacidade produtiva global supera a absorção da demanda atual, o que intensifica a pressão sobre os preços. Além disso, os custos logísticos e fretes tendem a aumentar, representando mais desafios para o setor.

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