Relatório USDA surpreende com boas notícias
Soja
O relatório do USDA trouxe surpresas positivas para o mercado de soja. A produção mundial foi revisada para baixo, enquanto o consumo aumentou e os estoques foram reduzidos, contrariando as expectativas do mercado.
- Produção Brasileira: O USDA manteve a estimativa da safra brasileira em 169 milhões de toneladas, abaixo das apostas do mercado, que variavam entre 171 e 173 milhões.
- Argentina e Paraguai: As projeções de produção desses países permaneceram inalteradas, mas há indicações de possíveis cortes nos próximos relatórios.
- China: O USDA reduziu tanto a produção quanto os estoques chineses, contribuindo para um cenário global mais favorável à valorização da soja.
Com isso, o preço da soja teve alta superior a 2%, atingindo um novo suporte em US$ 11 por bushel. A safra americana também foi ajustada para baixo, caindo de 121,4 milhões para 118,8 milhões de toneladas, enquanto os estoques foram reduzidos de quase 13 milhões para cerca de 10 milhões de toneladas, fortalecendo ainda mais o mercado.
Milho
Os fundamentos do milho seguem sólidos, com demanda global superior à produção.
- Projeções Mundiais: A produção foi estimada em 1,214 bilhão de toneladas, enquanto o consumo alcançou 1,238 bilhão de toneladas. Os estoques finais globais caíram de 317,5 milhões para 293 milhões de toneladas.
- Impacto no Brasil: Esses números são especialmente importantes para a safrinha brasileira, que pode trazer boas oportunidades. A B3 tem potencial para atingir os R$ 80 por saca, mesmo com a pressão da nova safra e a firmeza do dólar.
Nos Estados Unidos, a expectativa é de aumento na área plantada de milho e redução na área de soja, em função da rentabilidade. Esse ajuste pode trazer volatilidade ao mercado, especialmente com o planejamento da safra 25/26.
Números Globais
- Soja: A produção mundial foi reduzida de 427,1 milhões para 424,3 milhões de toneladas. Os estoques finais caíram de 131,9 milhões para 128,4 milhões de toneladas.
- Milho: A produção global foi ajustada de 1,217 bilhão para 1,214 bilhão de toneladas, com estoques finais reduzidos de 296 milhões para 293 milhões de toneladas.
Esses cortes refletem mudanças significativas nos estoques finais de ambos os grãos, o que pode sustentar melhores preços no curto e médio prazo.
Perspectivas
O mercado apresenta sinais de estabilização, com expectativa de trabalhar em patamares superiores.
- A média das cotações deve subir de 5 a 6 reais em relação às estimativas anteriores.
- As cotações futuras mostram tendência de melhora, com impacto positivo já na próxima semana, podendo abrir com aumento de 2 a 3 reais.
- Os prêmios podem sentir pressão, mas os números sólidos de Chicago oferecem tranquilidade aos produtores.
O relatório USDA reforçou um ambiente positivo para os mercados de soja e milho, com fundamentos sólidos para precificação tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos.