Paulo Moura comentou que a Constituição Brasileira foi jogada no lixo há muito tempo. Segundo ele, tudo foi relativizado e o que se observa é a Suprema Corte e, às vezes, o Ministério Público se atribuindo poderes que a Constituição não lhes permite. Ele afirma que essa situação não é nova e cita o exemplo de alguém que é supostamente vítima de um ataque, mas ao mesmo tempo é o delegado que investiga o suposto ataque e depois é o juiz que vai deliberar sobre a procedência ou não dos acontecimentos.
Moura afirma que não há precedente nas democracias ocidentais para algo dessa natureza e que isso é uma violência contra o que se convencionou chamar de virtudes republicanas, como a separação entre interesse privado e público, a definição clara do papel da justiça em conflitos de interesse público ou privado e a separação de poderes.
Ele acrescenta que há uma série de princípios cristalizados como valores das democracias ocidentais, como a separação de público e privado, atribuições claras do poder executivo, legislativo, judiciário e Ministério Público, mas que tudo isso está sendo violado com frequência no Brasil. Moura conclui dizendo que isso está se tornando algo tratado pela imprensa brasileira como natural, mas que não é.
Veja o comentário completo de Paulo Moura no Análise da Tarde: