No convívio e em conversas com a geração nascida após os anos 1980, parece consenso que a regulação e o controle do estado são a solução para todos os problemas. Eles foram doutrinados a acreditarem nisso pela geração anterior, que viveu a guerra fria.
É bastante curioso, e até mesmo estranho, que os pais desta geração, que viveram a guerra fria e que, portanto, conheceram o mundo democrático de um lado, e o comunismo/socialismo do outro, tenham orientado sua prole a acreditar que a intervenção estatal poderia ser a solução para os problemas sociais e econômicos dos países.
Após a guerra fria, com o colapso do comunismo e a queda do muro de Berlim um símbolo que atestava a incapacidade e a incompetência do modelo de economia centralizado, esperava-se que a democracia fosse aceita como modelo político administrativo, principalmente no mundo ocidental nos anos seguintes, mas algo parece que deu errado.
Os organismos internacionais se tornaram interventores, com a finalidade de unir os que apoiavam a democracia.
Era uma intervenção soft, de fácil digestão, bonitinha, agradável aos olhos, e cheia de boas intenções, mas com o passar do tempo que é o senhor da razão, as intervenções foram se tornando mais duras, mais invasivas e dolorosas, e até ameaçadoras, e é este o novo e estranho modelo de democracia que se vive hoje.
A doutrina política que se prega hoje no mundo ocidental é a mesma que se pregava no antigo bloco socialista.
Uma doutrina intervencionista, com impostos onerosos, disfarçados de eufemismos como questões climáticas, e a igualdade disso e mais aquilo e também aquilo outro.
Os argumentos são lindos e perfeitos na teoria, mas na prática, não passam de meios para sobrecarregar e controlar a sociedade, exatamente como fazia o comunismo/socialismo.
E é só isso que pretende a maioria dos ocupantes do poder, seja em países, ou nos organismos que se autodenominam de multilaterais, mais um termo bonitinho para tornar mais fácil a digestão do autoritarismo intervencionista.
No mundo democrático da guerra fria, a imprensa era fundamental para informar os horrores, e as coisas hediondas que acontecia no bloco socialista, mas hoje, esta mesma imprensa, parece esconder as verdadeiras intenções de controle que querem os ocupantes de plantão no poder.
A imprensa parece ter mudado de lado, e agora querem o controle das informações, exatamente o oposto daquilo que sempre pregaram e defenderam.
Se estivéssemos na guerra fria, com o comportamento da imprensa atual, diríamos que ela estava a serviço do bloco comunista, e contra a democracia.
Não se pode negar a habilidade camaleônica da imprensa, que hoje, diz defender o estado democrático de direito, combater as fake news, e é claro, aniquilar a “extrema direita”.
São estas as narrativas adotadas pela imprensa e pelos “democratas” no poder, para assim justificar o aumento de impostos e o controle de tudo e de todos.
O fato é que o intervencionismo estatal de hoje, disfarçado de estado democrático de direito, e igualdade disso e sabe se lá mais o que, está endividando as populações de seus países a níveis alarmantes, e as futuras gerações serão responsáveis pelo pagamento de uma dívida que não contraíram.
Como a taxa de natalidade do mundo ocidental vem despencando, não haverá como pagar esta dívida irresponsável no futuro.
Seremos nós, a geração genitora, e nossos filhos haja vista não sabermos se teremos netos — responsáveis por saldar uma dívida impagável, contraída com inconsequentes propósitos intervencionistas.
O momento pelo qual atravessa o mundo, não é propício para endividamento, irresponsabilidade fiscal, e muito menos intervencionismo estatal disfarçado.
O modelo centralizador já provou que não funciona e a queda do muro de Berlim, foi um marco na história da humanidade, onde a liberdade provou que é o melhor caminho para o desenvolvimento.
A continuarem com as ideias intervencionistas, o mundo ocidental atual, entrará no modo do antigo bloco socialista, atrasado e opressor.
“Todas as grandes conquistas da civilização tem origem no progresso da liberdade”
Mário Vargas Llosa.
T&D