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O processamento de soja em Mato Grosso bateu recorde no acumulado de 2024 até setembro, segundo relatório do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (IMEA), divulgado ontem à tarde (14). O volume foi de 9.46 milhões de toneladas, aumento de 6,49% em comparação com o mesmo período de 2023. O aumento é atribuído à maior demanda por produtos e ao aumento da capacidade de processamento das indústrias locais, que cresceu 6,17% em relação ao ano passado.
Apesar do bom desempenho acumulado, o mês de setembro registrou uma queda no processamento. Foram 910.540 toneladas de soja esmagadas, 10,37% menos que em agosto e 10,15% menos que em setembro de 2023. O IMEA atribui essa redução principalmente às manutenções programadas nas unidades de processamento.
Algumas esmagadoras menores também tiveram problemas para comprar soja no Estado. Para 2024, a estimativa do IMEA é de que o processamento total de soja em Mato Grosso seja de 12.39 milhões de toneladas, um aumento de 5,37% em relação ao de 2023.
No acumulado do ano até setembro, o Brasil exportou 89.55 milhões de toneladas de soja, aumento de 2,64% em comparação com o mesmo período de 2023, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex). A China foi o principal comprador, importando 65.47 milhões de toneladas, 6,03% a mais que no ano anterior.
Apesar do resultado, Mato Grosso, maior produtor brasileiro, viu as exportações diminuírem. O Estado contribuiu com 27,06% das exportações brasileiras em 2024, uma queda de 11,72% em relação a 2023. De janeiro a setembro de 2024, o volume total exportado pelo Estado foi de 24.23 milhões de toneladas, 9,39% menor que no mesmo período de 2023. Essa queda é explicada pela redução na produção da safra 2023/24 e pelo aumento do consumo interno pelas indústrias.
Em setembro, as exportações de soja de Mato Grosso registraram o menor volume dos últimos sete anos para o mês, com apenas 240.120 toneladas embarcadas, uma queda de 60,57% em comparação com setembro de 2023.