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Sindicato dos trabalhadores do IBGE divulga carta aberta sobre riscos à ‘soberania geoestatística brasileira’

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O sindicato dos trabalhadores do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou, nesta segunda-feira (13), a “Carta à sociedade brasileira e à comunidade científica” sobre os riscos da Fundação IBGE+ para à “soberania geoestatística brasileira”.
“Decisões recentes da atual direção do IBGE estão colocando em risco a soberania geoestatística brasileira”, indica o texto, que será encaminhado a diferentes entidades brasileiras, segundo informações da Asssibge (a associação dos funcionários do IBGE).
A iniciativa do sindicato ocorre uma semana após o pedido de exoneração da antiga Diretora de Pesquisas, Elizabeth Hypolito, e o Diretor-Adjunto, João Hallak. E é mais capítulo uma crise interna que se estende desde setembro. Segundo fontes, a expectativa, agora, é que a Diretoria de Geociências siga no mesmo caminho, com pedido de exoneração da Diretora Ivone Batista.
Em 9 de setembro, o IBGE informou sobre a criação da Fundação de Apoio à Inovação Científica e Tecnológica, de direito público privado, em nota na intranet da instituição. Isso ocorreu quase dois meses depois de ela ter sido oficialmente criada, em 12 de julho.
Desde então, o sindicato tem sido crítico sobre as possíveis consequências negativas da iniciativa, com diversas manifestações e uma paralisação. Os movimentos foram organizados pelo próprio sindicato e também por grupos independentes de servidores.
No texto desta segunda-feira, o sindicato “alerta e convoca a comunidade científica e a sociedade em geral a defender o IBGE, cobrando da atual gestão a abertura ao diálogo e a interrupção do projeto da fundação de direito privado”, ao citar também a legislação que classifica a produção de estatísticas oficiais como atividade típica de Estado.
“Defendemos a previsão constitucional da produção de informações geocientíficas e estatísticas oficiais como atividades típicas de Estado e o fortalecimento do IBGE como órgão estratégico na defesa da democracia e da soberania nacional brasileira”.
Na carta, o sindicato detalha quatro frentes diferentes de consequências da Fundação IBGE+: risco de captura da produção de informações estatísticas e geocientíficas por interesses privados; risco jurídico; risco à autonomia do IBGE e risco à credibilidade do IBGE.
Por esse contexto, o sindicato “convoca toda a sociedade, em especial a comunidade científica, para debater os impactos da privatização das estatísticas nacionais e lutar por um IBGE que produza informações públicas, gratuitas e de qualidade”.
O anúncio da mudança na Diretoria de Pesquisas do IBGE foi feito na segunda-feira passada (6), no site da instituição, com o comunicado de que Elizabeth Hypolito seria substituída pelo servidor Gustavo Junger da Silva e João Hallak Neto, por Vladimir Gonçalves Miranda. A nota não explicou o motivo da troca, mas uma mensagem encaminhada por Elizabeth Hypolito e João Hallak Neto aos coordenadores informava sobre o pedido de exoneração dos cargos.
Os dois servidores deixaram a Diretoria de Pesquisas um ano após assumirem as posições de confiança, em janeiro de 2024, a convite do Presidente do IBGE, Marcio Pochmann.
O IBGE foi procurado pela reportagem e não respondeu até o momento da publicação desta nota.

Valor

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